A “Literatura do Desassossego”: A Poética do Autoritarismo nos Romances do Ciclo Sombrio de José J. Veiga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Eduardo dos Santos Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1590
Resumo: O objetivo desta pesquisa é investigar as representações do autoritarismo nos romances A Hora dos Ruminantes (1966), Sombra de Reis Barbudos (1972), Os Pecados da Tribo (1976) e Aquele Mundo de Vasabarros (1982) do ciclo sombrio de José J. Veiga. A principal hipótese é que em obras literárias que abordam direta ou indiretamente regimes totalitários há uma singularidade estética. Essa particularidade na abordagem caracteriza o que neste trabalho é denominado de “poética do autoritarismo”. A escolha também partiu da premissa de que as obras de José J. Veiga contêm representações do cerrado, retratando aspectos da cultura e da vida cotidiana da região. Concebemos os elementos dessa poética em conjunto com as teorias distópicas de Fátima Vieira (2010), as teses sobre a origem do totalitarismo de Hannah Arendt (2012) e as representações na construção da narrativa pela explicação por imputação ideológica de White (2016). Analisamos essas características, tendo como referência as obras citadas de J. J. Veiga, dado que cada uma delas oferece uma visão única e crítica da Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Essa suposição é análoga à de John Gledson (2003) que concebeu estudos entre a ficção de Machado de Assis e o seu tempo. Outros objetivos pertinentes à pesquisa incluem refletir se os regimes militares autoritários se configuram como um evento catastrófico com o estudo hermenêutico da “estética da catástrofe” de Oliveira (2008) através do gênero romance e pensar em uma abordagem ampla e precisa da literatura fantástica para tratar da sequência romanesca de Veiga.