Formar para quê? Reformas curriculares em escolas de elite de São Paulo no século 21

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Luciani, Fernanda Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-19012023-092728/
Resumo: Esta pesquisa analisa o movimento de mudança curricular em escolas privadas de elite da cidade de São Paulo no quadro das reformas educacionais e curriculares em curso no Brasil e no mundo nas duas últimas décadas. Embora novas propostas curriculares surjam em contextos locais específicos, estudos recentes destacam que processos socioeconômicos em um mundo cada vez mais conectado impactam políticas educacionais e programas curriculares no âmbito local, regional ou nacional. Em meio a um intercâmbio crescente de pessoas, textos e discursos no mundo globalizado, é fundamental entender as reinterpretações que as ideias e materiais pedagógicos sofrem ao circularem pelo meio educacional, evitando enquadrá-las seja numa hierarquia rígida, seja em discursos independentes de forças econômicas globais. Por meio da análise de diferentes fontes (relatórios de agências supranacionais, materiais de organizações da sociedade civil, entrevistas e publicações das escolas analisadas) e apoiando-me nos estudos sobre reformas educacionais e curriculares, história global e sociologia da educação, procuro compreender historicamente as forças externas e internas que impulsionam as reformas nas escolas privadas da capital paulista. Além disso, busco entender como os princípios educacionais que circulam pelas muitas instâncias públicas e privadas, entre diferentes espacialidades e temporalidades, são ativamente apropriados e recontextualizados em cada uma das instituições analisadas. Dessa maneira, ao discutir em perspectiva histórica global a função social das escolas revelada nas propostas curriculares de cinco instituições privadas de elite de São Paulo, a pesquisa contribui para o debate a respeito do futuro da escola e da formação das elites em um contexto de internacionalização (ou desnacionalização) da educação.