Munícipes e escabinos: poder local e guerra de restauração no Brasil holandês (1630-1654)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Luciani, Fernanda Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30112009-152527/
Resumo: Este trabalho investiga as formas de organização do poder local durante os 24 anos em que os neerlandeses dominaram as capitanias do Norte do Estado do Brasil (1630-1654). Como ao longo de tal período não se verifica uma continuidade na administração local, a investigação teve em vista a compreensão da estrutura e da dinâmica política das Câmaras Municipais da legislação portuguesa, que perduraram até o ano de 1637, assim como das Câmaras de Escabinos (Kamers van Schepenen), que foram criadas conforme previam as instruções da República das Províncias Unidas, contribuindo, assim, para o estudo das diferentes formas de administração local no Brasil Colônia. Nosso objetivo mais além, ao abordar como tal transformação no poder local foi sentida pela elite açucareira e pelos moradores das capitanias conquistadas, relacionando esse contexto ao da reação luso-brasileira contra os invasores a partir de 1645, destacando, então, o papel que as Câmaras Municipais exerceram nesse período de guerra de Restauração (1645-1654). Para tanto, nossa pesquisa insere-se em discussões mais amplas e críticas sobre, por um lado, administração e poder no Império Português, sobretudo no que se refere às relações entre os poderes locais coloniais e o poder central da metrópole, e, por outro, a expansão comercial e territorial dos Países Baixos por meio de suas companhias de comércio no século XVII. Partindo da análise do poder local no Brasil Holandês entendemos ser possível pensar os diferentes sistemas de dominação colonial, o português e o neerlandês, que se confrontaram nesse período e território.