Eventos adversos a antibióticos em pacientes internados no setor de clínica médica do Hospital Universitário Regional de Maringá - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Louro, Estela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-17032022-164824/
Resumo: Introdução: Os eventos adversos a medicamentos (EAM) constituem um problema grave de saúde pública, causando hospitalização, aumento do tempo de internação e óbito, elevando os gastos com saúde. Os antibióticos estão entre os medicamentos mais consumidos no meio hospitalar, embora de excepcional valor, se destacam entre as classes medicamentosas que mais causam EAM. Objetivo: Pesquisar a ocorrência de eventos adversos a antibióticos em pacientes internados no setor de Clínica Médica do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM). Métodos: Foi realizado um monitoramento intensivo, prospectivo, de setembro de 2002 a fevereiro de 2003, avaliando-se os prontuários dos pacientes internados na clínica médica do HUM, que fizeram uso de antibióticos. Resultados: Dos 87 pacientes estudados, 62,1% pertenciam ao sexo masculino e 37,9% ao feminino, na sua maioria idosos (58,6%). Observou-se uma média de prescrição de 1,6 antibióticos por paciente, sendo que 10,3% fizeram uso de 4 ou mais antibióticos. Nas 135 prescrições de antibióticos foram encontrados 23 diferentes antimicrobianos, sendo as cefalosporinas (34,1%) o grupo mais freqüente, seguido das penicilinas (20,0%) e quinolonas (17,8%). Quanto ao uso, considerou-se incorretas: 2 (2,3%) indicações, 4 (4,6%) doses, 26 (29,8%) tratamentos com duração inadequada e 1 (1,1%) administração. A via intravenosa foi a mais utilizada (88,5%). Observou-se uma freqüência de 5.5% de eventos adversos preveníveis. 3.4% de eventos não preveníveis e 87 eventos potenciais. Conclusões: EAM são comuns e na maior parte evitáveis. Programas de farmacovigilância hospitalar multidisciplinares, são necessários para dimensionar a realidade dos EAMs e para propor estratégias que diminuam sua ocorrência.