Avaliação do nível de informação dos profissionais de saúde da família acerca das reações adversas a medicamentos e farmacovigilância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Salviano, Luiza Herbene Macêdo Soares
Orientador(a): Luiza, Vera Lucia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4704
Resumo: Introdução: Os eventos adversos relacionados a medicamentos representam um problema de saúde pública. São causas de hospitalização, aumento do tempo de permanência hospitalar e, até mesmo, óbito. O monitoramento é feito pelos Programas de Farmacovigilância, que visam detectar, além das Reações Adversas a Medicamentos, interações medicamentosas, desvios de qualidade, perda de eficácia, avaliar o risco do uso irracional de medicamentos e, ainda, disseminar informações sobre a utilização segura e racional dos medicamentos. Para que um programa de farmacovigilância tenha êxito é necessário um bom nível de informação dos profissionais de saúde acerca das RAM, bem como o interesse deles na adesão ao programa. Objetivo: Identificar o nível de informação dos profissionais de saúde da família acerca das RAM e Farmacovigilância. Metodologia: Questionário aplicado na totalidade de 52 equipes de saúde da família com os médicos, enfermeiros e odontólogos, totalizando 123 profissionais, de março a maio de 2008, por meio de questionário estruturado com perguntas fechadas. Resultados: Observou-se predominância do sexo feminino, bem como da faixa etária compreendida de 20-29 anos. A categoria profissional com maior representação na pesquisa foi a de enfermeiro. A maioria dos entrevistados tinha menos de 5 anos de formação, apresentando menos de 2 anos de atuação no município. Do total de entrevistados, 65,9% revelaram que os ensinamentos acerca de RAM adquiridos na universidade foram insuficientes, 78,9% informaram que se atualizam freqüentemente sobre o tema. Dicionário de Especialidades Farmacêuticas-DEF (72,4%), Livros (52%), internet (47,2%) e revistas (42,3) foram as fontes de atualização mais relatadas. Dos profissionais estudados, (91,9%) apontaram que a administração de vários fármacos simultaneamente dificulta a identificação das reações, seguida do desconhecimento por parte dos profissionais de saúde acerca do assunto (75,6%). Dos profissionais estudados, 75,6% consideraram importante um programa de farmacovigilância em seus municípios. A maioria revelou que médicos, enfermeiros e odontólogos seriam as principais categorias que deveriam estar envolvidas na notificação de casos suspeitos de RAM e que os principais benefícios que o programa de farmacovigilância poderia trazer para o município seriam a melhoria da prescrição médica e a promoção do uso racional dos medicamentos. Conclusão: Considera-se que os resultados apontam condições favoráveis para a implantação de programa de farmacovigilância nos municípios que compõem a 21ª CRES.