Vai ficar tudo bem/Todo va a estar bien: o emprego do verbo estar no Português Brasileiro e no Espanhol Argentino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moço, Talita Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-16092019-151032/
Resumo: Esta tese tem como objetivo descrever as estruturas sintático-semânticas fundamentais do verbo estar no Português Brasileiro e na variedade argentina do Espanhol. A hipótese central deste estudo é de que, ao lado de muitas semelhanças entre as duas línguas nesse aspecto, reconhecida por diversos autores principalmente em relação aos traços que o diferenciam do copulativo ser, há também alguns usos próprios de cada língua, que constituem especificidades importantes no modo de focalizar determinados eventos, no presente, no passado e no futuro, especificidades essas importantes do ponto de vista pragmático-discursivo. A coleta de dados, feita principalmente em corpora eletrônicos, nos permitiu analisar os diversos fatores que podem influenciar no emprego de estar ou de outros itens lexicais em cada língua (ser, ficar/quedar[se]). O reconhecimento dessa multiplicidade de fatores lexicais, semânticos, sintáticos e discursivos que se relacionam sem estarem subordinados uns aos outros e afetam os valores das diferentes construções formadas por estar aproxima este trabalho das descrições feitas por Castilho (2014). Após uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema nas duas línguas, passa-se a destacar os casos considerados mais relevantes e faz-se uma comparação entre os dados encontrados nos corpora, comparação essa agora organizada em categorias descritivas, a fim de sistematizar os pontos de encontro e distanciamento entre o PB e o E, nas variedades escolhidas. Os resultados obtidos na análise dos corpora confirmam que algumas construções formadas pelo verbo estar no E têm uso mais restrito no PB, já que nesta língua o verbo apresenta mais restrições, tanto em relação aos termos com os quais se combina, como sujeito e/ou adjunto, quanto em relação aos tempos verbais nos quais aparece comumente conjugado, sendo empregadas com mais frequência, em alguns contextos, outras formas verbais, como ser e ficar, para expressar determinados valores semânticos que no E podem ser representados por estar.