Extinção de esquiva em classes de equivalência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Boldrin, Leandro da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-20122024-122912/
Resumo: Existe um conjunto de estudos que investigou se o procedimento de extinção realizado na presença de um estímulo pertencente a uma classe de equivalência ou outro tipo de relação derivada poderia reduzir a frequência de respostas a estímulos relacionados, o que foi denominado pela literatura como transferência de extinção. Entretanto, todos esses estudos apresentaram limitações na fase de extinção, o que pode ter comprometido a análise posterior da transferência. Em vista disso, o presente estudo avaliou três diferentes procedimentos de extinção da esquiva em relação à produção e transferência de extinção em classes de equivalência: esquiva ou ausência de esquiva foram seguidas por perda de pontos no Experimento 1, esquiva ou ausência de esquiva foram seguidas pelo intervalo entre tentativas no Experimento 2, perda de pontos foi produzida de maneira não contingente com a resposta de esquiva no Experimento 3. Ademais, o terceiro experimento foi realizado com o procedimento operante-livre em vez de tentativas discretas, possibilitando analisar o processo de extinção por meio de curvas de frequência acumulada de respostas ao longo do tempo. Todos os três experimentos iniciaram com o estabelecimento de duas classes de equivalência com quatro figuras abstratas em cada classe (A1-B1-C1-D1 e A2-B2-C2-D2). Na sequência, a resposta de clicar em um botão para evitar perda de pontos foi treinada na presença de B1 e, posteriormente, foi verificado se, sem treino direto, essa resposta ocorreria também na presença de C1 e D1. A extinção foi então conduzida com estímulos utilizados no treino da esquiva com metade dos participantes (B1 e B2; Grupo extinção direta) e com estímulos que não foram utilizados no treino da esquiva com a outra metade dos participantes (C1 e C2; Grupo extinção derivada). Por fim, os estímulos de ambas as classes (B1, C1, D1 e B2, C2, D2) foram reapresentados para avaliar se a resposta de esquiva deixaria de ocorrer no teste de transferência de extinção. No Experimento 1, empregando o procedimento de extinção no qual esquiva ou ausência de esquiva foram seguidas por perda de pontos, a resposta de esquiva parou de ocorrer nas tentativas com B1 (extinção direta) ou C1 (extinção derivada) na fase de extinção para 10 de 14 participantes, e para dois desses participantes também não ocorreu na presença dos outros estímulos da Classe 1 no teste de transferência de extinção. Portanto, a extinção foi estabelecida, mas a transferência de extinção não foi observada para a maioria dos participantes. No Experimento 2, empregando o procedimento de extinção no qual esquiva ou ausência de esquiva foram seguidas pelo IET, a resposta de esquiva parou de ocorrer nas tentativas com B1 (extinção direta) ou C1 (extinção derivada) na fase de extinção para 10 de 13 participantes. Entretanto, o fato de que alguns participantes deixaram de responder muito rápido (i.e., até a segunda tentativa) sugeriu que outro processo que não fosse extinção poderia ter ocorrido, destacando a necessidade de fazer uma investigação mais pormenorizada do processo de extinção. No Experimento 3, empregando o procedimento de extinção no qual perda de pontos foi produzida de maneira não contingente com a resposta de esquiva e operante-livre, a resposta de esquiva parou de ocorrer nas tentativas com B1 (extinção direta) ou C1 (extinção derivada) na fase de extinção para 10 de 13 participantes. Além disso, as curvas de frequência acumulada de respostas mostraram padrões típicos do processo de extinção da esquiva que não haviam sido observados nos experimentos anteriores com tentativas discretas. No teste de transferência de extinção, a resposta de esquiva não ocorreu na presença dos outros estímulos da Classe 1 apenas para três de 10 participantes. Em conjunto, esses achados mostram os efeitos de diferentes procedimentos de extinção no estudo da transferência de extinção. Também apresentam descrições mais detalhadas do processo de extinção, criando novas possibilidades para pesquisas futuras.