Aquisição, extinção e reaquisição do comportamento de variar sob contingências de esquiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fonseca Júnior, Amilcar Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-28052020-163338/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos do reforçamento negativo contingente e não contingente ao variar (Experimento I), bem como os efeitos de dois procedimentos de extinção do comportamento de variar (Experimento II), sobre a variabilidade comportamental. No Experimento I, quatro ratos machos, experimentalmente ingênuos, foram submetidos a duas contingências de esquiva em tentativas discretas (Lag 1 e Aco), de acordo com o seguinte delineamento: Lag 1/Aco/Lag 1/Aco. O procedimento geral de esquiva envolveu a apresentação de estímulos elétricos (US) de 0,5 s e 0,4 mA em tempo fixo (FT), na presença de uma luz (CS). Respostas na presença do CS tiveram como consequência o desligamento imediato do CS, a apresentação de um tom de 0,5 s e 10 dB, e o cancelamento do próximo US programado para a sessão. Caso a resposta de esquiva não fosse emitida, o US era apresentado ao término do FT, o CS permanecia presente e uma nova tentativa era imediatamente iniciada. Sob a contingência Lag 1, o cancelamento do US foi contingente à emissão de uma sequência de três respostas que diferisse da última sequência emitida na sessão. Sob a contingência Aco, o cancelamento do US foi contingente à emissão de uma sequência de três respostas, variável ou não, seguindo a mesma distribuição de reforços obtida na última sessão da fase Lag 1. No Experimento II, cinco ratos machos, experimentalmente ingênuos, foram submetidos à mesma contingência de esquiva-Lag 1 empregada no Experimento I e a dois procedimentos de extinção (Ext 1 ou 0), de acordo com o seguinte delineamento: Lag 1/Ext 1/Lag 1/Ext 0/Lag 1/Ext 1/Lag 1/Ext 0/Lag 1. Três sujeitos foram expostos aos procedimentos de extinção em ordem inversa. Em ambos os procedimentos de extinção, as barras estiveram inoperantes e as respostas não tiveram consequência programada. Na Ext 1, ao final de cada tentativa, o US foi apresentado. Na Ext 0, o gerador de estímulos elétricos permaneceu desligado durante toda a sessão. Como resultado, foram obtidos altos índices de variação sob a contingência Lag 1 e decréscimo nos níveis de variação sob a contingência Aco e sob ambos os procedimentos de extinção. Na reexposição ao Lag 1, índices de variação menores/maiores que os registrados na linha de base foram obtidos nas fases Lag 1 pós-Ext 1 e pós-Ext 0, respectivamente. Esses dados sugerem que o comportamento de variar foi controlado pela contingência de esquiva e que a variabilidade comportamental pode ser extinta pela suspensão da relação de dependência entre o variar e suas consequências