Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Osinaga, Vera Lúcia Mendiondo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-03072023-110403/
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Resumo: |
A partir da vivência profissional com o indivíduo, portador de distúrbio mental, assim como, de seus familiares questionamos a visão dos mesmos a respeito deste processo de adoecer e suas respectivas convivências com a assistência disponível. Assim, buscamos conhecimentos e métodos para encontrar respostas. O objetivo desta pesquisa foi conhecer as opiniões sobre saúde/doença mental e assistência, junto a uma amostra constituída de 250 sujeitos, (100 portadores, 109 familiares e 41 profissionais) em dois serviços psiquiátricos no Rio Grande do Sul. Construímos e validamos uma escala de Medida de Opinião - EMO, composta por 56 afirmativas sobre Saúde e Doença Mental onde o sujeito demonstra seu grau de concordância com o conteúdo expresso. Os dados quantitativos foram analisados com provas não-paramétricas e os qualitativos através de comparações entre as respostas que sobressaíram nos três grupos nas duas categorias: Conceito e Assistência em Saúde e Doença Mental. Dessas análises, concluímos que os grupos diferem tanto na categoria Conceito como na categoria Assistência; os portadores estão mais concordantes com relação às afirmações sobre os Conceitos seguidos dos familiares e dos profissionais. Sobre a Assistência, houve maior concordância dos familiares, seguido dos portadores e dos profissionais. O teste Wilcoxon permitiu concluir que os portadores e os profissionais tendem a concordar mais frequentemente com relação ao Conceito de Saúde/Doença Mental do que com Assistência. Das respostas ao EMO, analisadas qualitativamente, destacamos que houve maior concordância quanto o Conceito de que cuidar do doente mental é uma tarefa difícil e pouco valorizada como competência profissional e carrega o equívoco de que o uso de drogas leva à doença mental. Esta questão traz para a enfermagem uma preocupação, pois muitos desses profissionais não são reconhecidos como alguém que precisa de preparo para trabalhar com doentes mentais. Com relação à Assistência, concordam principalmente que a única solução para o problema do doente mental é a internação em hospital psiquiátrico e que pouco se sabe sobre a loucura, a doença mental, seus limites e suas delimitações. A partir dessa pesquisa, estamos convencidas da importância do papel da família e de profissionais engajados no processo de Assistência em Saúde e Doença Mental. Este estudo permite profundas reflexões sobre a assistência em saúde mental sendo importante contribuição temática e metodológica, nesta área. |