Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Silvana Pereira e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-29082023-124814/
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Resumo: |
Introdução: Estudos prévios sugerem que a apneia obstrutiva do sono (AOS) e os extremos da duração do sono (DS) estão associados com o aumento da espessura da camada intima-média das carótidas (EIMC), um marcador substituto de risco cardiovascular. No entanto, as evidências não são consistentes nos estudos que avaliaram a AOS e a DS (e vice-versa). O objetivo do presente estudo foi o de elucidar as associações independentes da apneia obstrutiva do sono (AOS) e da duração do sono (DS), bem como os potenciais mediadores inflamatórios e metabólicos na EIMC em uma grande coorte de adultos de uma amostra não referenciada para o laboratório do sono. Métodos: Recrutamos de forma consecutiva participantes do ELSA-Brasil na cidade de São Paulo. Para a avaliação da presença da AOS, os participantes realizaram a poligrafia portátil (Embletta GoldTM) no domicílio por uma noite. A AOS foi definida por um índice de apneia-hipopneia (IAH) 5 eventos/hora, sendo estratificado nas formas leve (IAH: 514,9 eventos/hora), moderada (IAH: 1529,9 eventos/hora) e grave (IAH 30 eventos/hora). A avaliação objetiva da DS foi realizada com a actigrafia de pulso por 1 semana (Actiwatch 2TM). A EIMC foi caracterizada pela ultrassonografia pela presença, ao modo bidimensional, de uma dupla linha com definição das interfaces luz-íntima e média-adventícia. A distância entre as duas interfaces acústicas foi considerada a medida da EIMC. Modelos de regressão gama foram usados para explorar a associação entre AOS e DS com a EIMC ajustando para vários fatores de confusão. A análise de mediação foi realizada usando o programa R. Resultados: Um total de 2009 participantes foram incluídos na análise final. Em comparação aos pacientes sem AOS (IAH <5 eventos/hora; n=613), pacientes com IAH leve (n=741), moderada (n=389) e AOS grave (n=266) apresentaram um aumento progressivo da EIMC (0,690 [0,6100,790], 0,760 [0,6500,890], 0,810 [0,7000,940], e 0,820 [0,7200,958] mm, respectivamente; P <0,001). Em contraste, as EIMCs foram semelhantes para aqueles com DS <6 horas (0,760 [0,650-0,888]), 6 a 8 horas (0,750 [0,6400,880]) e >8 horas (0,740 [0,6700,900]). Todas as formas de AOS foram independentemente associadas com a EIMC (leve: : 0,019, SE 0,008; P=0,022; moderado: : 0,025, SE 0,011; P=0,022; AOS grave: : 0,040, SE 0,013; P=0,002). Além disso, a associação do IAH com EIMC foi mediada pelo aumento da proteína C reativa e triglicerídeos (P <0,01). A DS não interagiu com AOS na associação com a EIMC. Conclusão: A AOS está associada de forma independente ao progressivo aumento da EIMC. Esta associação é parcialmente mediada pela inflamação e pela dislipidemia. Em contraste a DS não está associada e nem interagiu com AOS na associação com a EIMC |