Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Paula, Mariana Teresa Alves Sarti de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-20072016-142344/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO Na puberdade, tanto fisiológica quanto precoce, um dos eventos marcantes é o estirão de crescimento. Análogos do GnRH tem sido utilizado como tratamento da puberdade precoce central (PPC) tendo como consequência o bloqueio do eixo gonadal e diminuição da velocidade de crescimento, porém mantém níveis séricos elevados de IGF-I e IGFBP-3. Não existem relatos sobre a expressão do IGF1R durante a puberdade. Considerando-se que este poderia ser um ponto de regulação da velocidade de crescimento, o presente estudo propõe avaliar a expressão do IGF1R em meninas com PPC antes e durante o tratamento. MÉTODOS: Avaliamos meninas com PPC que foram divididas em dois grupos: Grupo A foi constituído por 16 meninas avaliadas antes do início do tratamento com idade média de 8,0+-0,7anos e o Grupo B constituído por 16 pacientes em uso regular do análogo do GnRH com idade média de 9,4+-0,8 anos. O grupo controle foi composto por 18 crianças saudáveis, pré-púberes com idade média 7,1+-1,3 anos. RESULTADOS: A expressão do mRNA do gene do IGF1R foi maior no grupo B quando comparado ao grupo A (p= 0,04) e ao grupo controle (p=0,004). Não foi observado diferença estatística entre o Grupo A e o grupo controle (p=0,17). Os níveis séricos de IGF-I e IGFBP3 assim como a relação molar IGF-I/IGFBP3 foram significativamente maiores no grupo A em relação ao grupo controle. (p<0,0001). Não encontramos diferença nas concentrações de IGF-I, IGFBP3 ou na relação molar entre os grupos A e B. O grupo controle apresentou níveis mais elevados de IGFBP1 quando comparado com os grupos A e B (p<0,001). Ao compararmos somente os grupos A e B, o grupo B apresentou número estatisticamente maior de valores indetectáveis de IGFBP1 quando comparado com o grupo A (p=0,01) mostrando uma tendência a valores menores no grupo B. A dosagem de insulina foi significativamente menor no grupo controle quando comparado ao grupo A (p<0,001) e não apresentou diferença entre os grupos A e B. Ao analisarmos os 3 grupos (controle, A e B) não encontramos a correlação negativa entre insulina e IGFBP-1. Essa correlação aparece quando avaliamos somente o grupo controle e o grupo A (r= - 0,5; p=0,007) e desaparece quando acrescentamos o grupo B na análise. CONCLUSÃO: As variações nas concentrações séricas de IGF-I, IGFBP-3, IGFBP-1 e insulina não explicam a desaceleração da velocidade de crescimento durante o tratamento de meninas com puberdade precoce central com análogos do GnRH. O aumento da expressão do IGF1R parece refletir uma redução da sinalização intracelular do IGF1R com consequente diminuição da bioatividade do IGF-I em um mecanismo de feedback de alça ultra curta. O aumento da secreção do hormônio de crescimento devido a redução do feedback negativo na hipófise, explica as concentrações encontradas de IGF-I, IGFBP3 e IGFBP1.Estudos outros serão necessários para confirmar esta hipótese, avaliando diferentes pontos de sinalização na cascata pós-receptor |