Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Guilherme Manso de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-04102021-142433/
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Resumo: |
A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença genética caracterizada por alterações no colágeno do tipo I, que determinam um espectro amplo de alterações clínicas. Embora não haja tratamento específico, os medicamentos da classe bisfosfonatos são utilizados com o objetivo da melhora na qualidade óssea com redução dos eventos de fraturas e ganho na qualidade de vida. No Brasil, os protocolos atuais utilizam o pamidronato, bisfosfonato de segunda geração. O uso do ácido zoledrônico, bisfosfonato de terceira geração, apresenta segurança e efeitos similares, com a vantagem de reduzir o tempo de permanência hospitalar. O ligante do RANK (RANKL) é o principal atuante na diferenciação dos osteoclastos da qual também participa o IGF-1 mediante interação com seu receptor específico tipo 1 (IGF1R). Entretanto, não existem estudos comparando o tratamento com bisfosfonatos no que diz respeito a seu impacto sobre o sistema IGF, o ligante do RANK e fatores determinantes do crescimento. Esse trabalho objetivou avaliar as expressões de RNAm de IGF1R e RANKL, e as concentrações séricas de IGF-1 e IGFBP-3 e marcadores ósseos, em pacientes com OI em uso de bisfosfonatos e comparar esses parâmetros em grupos de pacientes em uso de pamidronato com aqueles em uso de ácido zoledrônico. Foram estudados 21 pacientes com diagnóstico de OI em modelos transversal e longitudinal. As variáveis foram comparadas entre as formas leves e moderadas-graves da OI. Os participantes foram randomizados em dois grupos: grupo A em uso de pamidronato e o grupo B que houve a troca do pamidronato por ácido zoledrônico. Esses foram acompanhados de forma longitudinal para avaliar influência do pamidronato e do ácido zoledrônico em um e dois ciclos das medicações. No estudo transversal, em que todos os participantes estavam em uso de pamidronato, foi encontrado, sem diferença estatística, menor expressão de IGF1R e menores níveis de IGF-1, IGFBP-3 e osteocalcina e maior expressão de RANKL, na OI tipo III. Quando os indivíduos foram agrupados de acordo com a gravidade, a altura, as concentrações de fosfatase alcalina sérica e a densidade mineral óssea foram maiores no grupo com a forma leve. Embora não tenha encontrado diferença estatística, a expressão de RNAm de RANKL foi menor e a de IGF1R foi maior no grupo com forma leve da doença. Quando avaliados a influência de um ciclo de medicações diferentes, não houve diferenças significantes das variações das médias das variáveis entre os grupos de tratamento, embora ocorreu aumento da expressão de RNAm de IGF1R e RANKL mais evidente no grupo B. Na avaliação de dois ciclos das medicações houve diferença significativa das variações das médias das variáveis na análise de IGF1R, com aumento da expressão no grupo B e queda no grupo A. Em conclusão, os dados sugerem que ocorre aumento da expressão do IGF1R após dois ciclos do tratamento com ácido zoledrônico em crianças previamente tratadas com pamidronato. Ao passo que as expressões de RANKL, concentrações séricas de IGF-1 ou IGFBP-3 são normais e semelhantes tanto nos indivíduos em uso de pamidronato quanto nos em uso de ácido zoledrônico. |