Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Lucas Amaral de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-17122013-122149/
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Resumo: |
O químico e escritor italiano Primo Levi (1919-1987), sobrevivente de Auschwitz, construiu um dos testemunhos mais importantes da segunda metade do século XX. Esta pesquisa tem como desígnio maior converter algumas questões que aparecem em duas de suas autobiografias mais impactantes sobre o campo de extermínio É isso um Homem? e Os Afogados e os Sobreviventes em problemas de caráter sociológico, na tentativa de contribuir na seara de investigações aberta pelos depoimentos desse intelectual ítalo-judeu. Gostaria de interpretar seu testemunho como fonte documental, em que seja possível apreender aspectos informativos de denúncia, rastros de dor, violência e morte que assinaram com sangue nossa era. Assim, em um primeiro momento, busco dar voz e espaço à memória de Levi e à sua narração sobre o cotidiano das agressões no Lager, a sociabilidade comum àquele ambiente infernal, os tipos humanos ali dispostos e a dificuldade de comunicação surgida em função da violência descomedida e do rebaixamento de alguns à condição de escravos. A partir disso, passo a tecer algumas reflexões sobre seu testemunho, explorando, principalmente, o chão aporético sobre o qual ele se desenvolveu: fragmentado, lacunar, impossível em sua inteireza, mas absolutamente necessário. Tentarei verificar, nessa medida, os limites na construção do testemunho da barbárie e as possibilidades encontradas por Primo Levi na representação e transmissão da experiência vivida. Afinal, qual o potencial do testemunho na geração de novos conhecimentos sobre esse evento traumático que foi Auschwitz? E em que medida a obra-testemunho de Levi pode ser tida como instrumento de transmissão de experiência e conhecimento sobre esse passado? Tais questões são importantes porque pensar o testemunho de Primo Levi a partir de um conjunto de elementos que encontra na noção de memória seu eixo decisivo faz do testemunho não apenas um objeto de análise histórica, mas, ainda, fonte privilegiada para refletir sobre violências em outros contextos. |