Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Ventura, Frederico Tell de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-24112009-151141/
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Resumo: |
Esta dissertação versa sobre o conceito de educação na obra de Theodor W. Adorno (1903- 1969), tendo como principal material de análise dois ensaios do autor sobre o tema, O que significa elaborar o passado e Educação após Auschwitz. Nosso principal argumento é que Adorno pensa a educação contemporânea como um momento privilegiado da Aufklärung para intervir politicamente na relação entre indivíduo e sociedade; ou melhor, na forma em que esta relação encontra-se configurada histórica e socialmente sob o capitalismo tardio. Para que uma tal intervenção seja possível, Adorno assevera que a educação deve ter em conta, como seu ponto de partida, o diagnóstico histórico de que o progresso do esclarecimento reverteu-se no seu contrário, na barbárie que irrompeu no seio da cultura na metade do século XX e que tem no acontecimento Auschwitz seu signo histórico. É a partir deste diagnóstico que o autor tenta fundamentar que o principal fim da educação no presente consiste em evitar a repetição deste acontecimento. O argumento-chave de Adorno, segundo nossa interpretação, é que, tendo em vista esta finalidade negativa, a educação deve realizar uma inflexão em direção ao sujeito que vise esclarecer para os próprios sujeitos as condições objetivas e subjetivas que permitiram a regressão à barbárie que culminou em Auschwitz. Desta maneira, a educação é pensada como um processo de esclarecimento subjetivo, através de uma intervenção pública no presente reificado, enquanto uma forma de fortalecimento da capacidade de resistência do indivíduo frente à pressão de uma totalidade social que o impele a uma adaptação ao existente. |