Estudo dos possíveis efeitos do treinamento físico ao longo de uma temporada de treinamento sobre o eixo GH/IGF-I, proteínas de ligação dos IGFs em atletas de voleibol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pisa, Marcel Frezza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-04072018-092521/
Resumo: Os hormônios de crescimento, principalmente os do eixo GH/IGF-I são responsáveis pelo crescimento tecidual e estrutural desde o nascimento. O GH produzido na hipófise é um hormônio com funções metabólicas e anabólicas e é o principal estimulador da síntese e liberação do IGF-I no fígado que tem suas ações endócrinas, parácrinas e autócrinas mediadas pelas IGFBPs. O exercício físico está intimamente ligado à função anabólica, estimulando a secreção e a ação dos hormônios do eixo GH/IGF-I.Existe a hipótese de haver um comportamento bifásico do eixo durante uma temporada de treinamento,caracterizado por uma fase catabólica, seguida de uma fase anabólica dependendo das fases do treinamento, porém vários estudos têm resultados controversos. O objetivo desse projeto foi investigar o impacto de uma temporada de treinamento em atletas de voleibol sobre o eixo GH/IGF-I e IGFBP-3 e sua relação com desempenho em testes físicos. A amostra foi composta por 10 jogadores de Voleibol categoria adulto da equipe de Franca-SP que foram analisados no início(A1), durante(A2) e ao final(A3) de 15 semanas de treinamento. Foram analisados dados antropométricos, altura de salto e potência de membros inferiores no Squat Jump (SJ), Counter Moviment Jump(CMJ)e Drop Jump 40 cm (DJ40), Índice de Força Reativa (IFR), Razão de Utilização Excêntrica (RUE) e concentrações deIGF-I e IGFBP-3. Para as análises estatísticas foram utilziadas ANOVA de medidas repetidas, Magnitude de Efeito (ES) e Probabilidade Quantitativa de Chances (QC). Os resultados mostram redução dos valores de Massa Coporal Total (MCT), Percentual de Gordura Coporal (%GC), Massa Magra (MM) e Massa Gorda (MG), com menor valor em A3, os resultados dos saltos apresentaram aumento linear com diferença estatísitca (p < 0,05) no DJ40 em A3. A sessão de treino não teve influência sobre as concentrações de IGF-I e IGFBP-3, indicando que a intensidade de disputa dessa modalide não é capaz de alterar as concentrações desses hormônios. Não foi verificada diferença estatísitca (p < 0,05) entre as coletas durante o período de treinamento, mas, as análises de ES e QC indicam tendência de aumento do IGF-I em A3. O comportamento bifásico do eixo GH/IGF-I não foi observado nesse estudo, possivelmente devido a forma de planejamento do período de treinamento, contudo, o IGF-I apresentou maiores concentrações em A3 coincidindo com os maiores resultados de altura de salto. Com esses resultados foi possível inferir que a concentração de IGF-I está correlacionada positivamente com o desempenho físico de atletas de voleibol e que a redução ou a incapacidade de aumento de IGF-I pode ser um sinal de alerta para atletas e treinadores. Ainda assim, são necessários novos estudos para investigar se o treinamento terá efeitos semelhantes durante longos períodos de treinamento, períodos de treinamento com maior intensidade, diferentes fases durante o período de preparação ou competição produzirão respostas hormonais semelhantes