Anatomia retro e supraclavicular do ducto torácico aplicada à cirurgia de plexo braquial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Adilson José Manuel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-28012025-174340/
Resumo: INTRODUÇÃO: Lesões do Plexo braquial (PB) são frequentes em jovens e incapacitantes. A cirurgia para correção destas lesões é um desafio pela complexidade e dificuldade de reconhecer as estruturas anatômicas. Uma das complicações relatadas em 1 a 5% das cirurgias é a lesão do Ducto Torácico (DT), que tem como consequência o Quilotórax, prolongando o tempo de internamento, um dos principais motivos da ocorrência das lesões é o desconhecimento dos cirurgiões sobre a relação anatômica entre o DT e o PB. Não existem na literatura, até ao momento, trabalhos que estudem a relação anatômica entre estas duas estruturas. OBJETIVO: Estudar a relação anatômica entre a porção terminal do DT e o PB. METODOLOGIA: Estudo anatômico em cadáveres frescos não fixados, com nível de precisão calculado em 3mm, tamanho amostral calculado em 72 espécimes, significância estatística 0,05, intervalo de confiança 95%. Dissecção à esquerda por técnica padronizada previamente treinada e validada, estudando local de terminação do DT e relação com estruturas do PB. RESULTADOS: O DT foi encontrado à esquerda em 100% dos espécimes, em média, 3,5 cm acima da clavícula, terminando, na maioria das vezes, na Veia Jugular Interna, paralela ao PB, as estruturas mais próximas do DT foram o Nervo frênico (NF) e a raiz de C5, a uma distância média de 17mm. DISCUSSÃO: Este trabalho apresenta a maior série de dissecção em espécimes frescos, e os seus achados permitem aumentar a segurança das cirurgias de PB, diminuindo, assim, a chance de lesões do DT, para tal, recomendamos que ao se realizar a cirurgia do lado esquerdo, no caso em que o NF for um dos nervos doadores, se verifique antes do seu uso, uma dissecção e isolamento do DT com um reparo e, só após esse procedimento, prossiga-se com a dissecação das estruturas neurais. CONCLUSÃO: Existe uma grande proximidade entre o DT e PB a uma distância menor de 2 cm, sendo, na maioria das vezes, estruturas paralelas