Estudo anatômico do espaço interescalênico, sua relação com o plexo braquial e as variações em sua área de acordo com biotipo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zaccariotto, Monise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-26092023-155014/
Resumo: Introdução: o trígono interescalênico (TIE) é uma região anatômica que alberga estruturas neurovasculares, sendo o plexo braquial seu principal componente. O TIE é um espaço dinâmico tendo influência do biotipo em sua área. Diversas patologias podem decorrer em consequências das variações anatômicas na região, a Síndrome do Desfiladeiro Torácico neurogênica verdadeira é uma das mais importantes, levando o paciente a apresentar dores crônicas e sequelas motoras irreversíveis nas mãos. Objetivo: analisar em uma amostra de espécime brasileira o espaço interescalênico, sua formação, variações, componentes e sua relação com o biotipo estudado. Métodos: 48 cadáveres não fixados foram dissecados no Serviço de Verificação de Óbito da capital (SVOC). Foi mensurado inicialmente o ângulo de Charpy para determinação do biotipo (maior que 90° brevilíneo, igual a 90° normolíneo e menor que 90° longilíneo), posteriormente realizou-se diversas mensurações com auxílio de um paquímetro da região do TIE. Resultado: nas mensurações verificou-se que o ângulo de Charpy foi, em média, de 99,5°. Levando em consideração o biotipo, observou-se que 62,5% dos cadáveres eram brevilíneos, 29,2% eram longilíneos e 8,3% eram normolíneos. A área média do trígono interescalênico foi de 107,5 mm² (± 71,0), apresentando variação de acordo com o biotipo do espécime: no normolíneo foi de 87,9 mm² (± 48,6), no brevilíneo 148,9 mm² (± 52,0) e no longilíneo 24,4 mm² (±11,6). Verificou-se que o ângulo de Charpy, a distância entre a primeira costela e C8 e a espessura da inserção do EA são as variáveis com associação independente à área do trígono. Quanto maior o ângulo de Charpy, maior a área do trígono. Quanto maior a distância primeira costela e C8, maior a área do trígono. Quanto maior a espessura do MEA, menor a área do trígono. Conclusão: por meio desse estudo anatômico pode-se comprovar que o biotipo possui uma influência direta na área do TIE, assim como na disposição de suas estruturas e na formação desse espaço, possuindo uma relação importante com a Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Por meio dos dados obitidos poder-se-á, pelos exames de imagem detalhados, auxiliar no diagnósticos dessas patologias que aindam são um desafio na cirurgia de nervos periféricos