Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Rodrigo Mencalha
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Orientador(a): |
Figueiredo, Marcelo Abidu
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Banca de defesa: |
Sampaio, Marco Aurélio Pereira,
Souza, Diogo Benchimol de,
Santos, Paulo Sergio Patto dos,
Figueiredo, Nubia Verçosa |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10143
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Resumo: |
O bloqueio do plexo braquial (BPB) permanece como um dos temas mais intrigantes da anestesia contemporânea, pois, devido a complexa organização desta estrutura, está associado a um número expressivo de insucessos. Com o estudo objetivou-se avaliar a eficácia do bloqueio do BPB guiado por ultrassonografia associado a estimulação de nervos periférico em coelhos. Inicialmente foram dissecados 80 plexos braquiais, de 40 cadáveres, de modo a capacitar os pesquisadores na anatomia macroscópica da região. Posteriormente, no estudo in vivo, foram utilizados 40 coelhos do sexo masculino os quais foram aleatoriamente alocados em dois grupos experimentais: Grupo 1: BPB guiado por ultrassonografia associado a estimulação de nervos periféricos (US/ENP); Grupo 2: BPB guiado por estimulação de nervos periférivos (ENP). Sob anestesia geral, o BPB foi realizado, por via axilar, através da injeção de lidocaína 2% sem vasoconstrictor, na dose máxima de 0,7ml.kg-1. A diferença entre o tempo de latência motora, tempo de bloqueio motor e do volume necessário para o BPB entre as técnicas foram avaliadas através da gravação dos potenciais de ação motores compostos do nervo radial. A mensuração da temperatura cutânea (TC), por termografia infravermelha, foi realizada em áreas de interesse (AIEs), previamente estipuladas, nas mãos, dígitos e antebraços, de modo a verificar a correlação de sua variação com a eficácia do BPB. Em 92,5% dos animais os nervos resultantes foram constituídos das conexões entre os ramos ventrais dos 4 últimos nervos espinhais cervicais (C5, C6, C7, C8) e o primeiro torácico (T1). Não houve diferença significativa no tempo de performance do BPB guiado por US/ENP (4,3 ± 0,73 min) ou por ENP (6,4 ± 0,68 min), no entanto, foi necessário a administração de um volume significativamente menor de anestésico local no grupo guiado por US/ENP (0,61 ± 0,15 ml versus 1,22 ± 0,17; P < 0,0001). Apesar do menor volume utilizado, observou-se que o grupo US/ENP apresentou menor tempo para instalação do bloqueio (1,1 ± 0,45) em comparação ao grupo ENP (1,95 ± 0,79; P < 0,01). O BPB guiado por US/ENP ou por ENP resultou em um aumento substancial e significativo da TC nas AIEs dos nervos radial, musculocutâneo ulnar e mediano (P < 0,001), no entanto, este aumento foi mais contudente na região da mão e dígitos. Nas AIEs dos nervos radial, mediano e ulnar na região dorsolateral das mãos, foram observadas as maiores variações de temperatura no grupo US/ENP em comparação ao ENP (radial 3,1 versus 2,0oC; mediano 4,5 versus 3,1 oC e ulnar 4,1 versus 3,6 oC). Dessa forma conclui-se que o BPB guiado por US/ENP é uma técnica eficaz e de fácil reprodutibilidade no modelo experimental utilizado a qual requereu menor volume de anestésico local, proporcionou menor tempo de latência motora e maior tempo de bloqueio motor quando comparado ao bloqueio guiado por ENP. O aumento da TC é uma ferramenta altamente eficaz na avaliação da eficácia do BPB com valor preditivo, sensibilidade e especificidade de 100%. Outrossim,futuros estudos clínicos são necessários para verificar sua correlação com a área anestesiada. |