Distribuição espacial e evolução temporal da incidência da dengue e sua correlação com variáveis entomológicas e climáticas em um município brasileiro de tríplice fronteira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Meira, Mara Cristina Ripoli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-23072019-104601/
Resumo: A dengue é considerada uma das mais importantes arboviroses reemergentes em termos de morbidade, letalidade e implicações econômicas e ocorre em todas as regiões tropicais e subtropicais do planeta. tem demonstrado tendência ascendente, devido as suas condições ambientais, climáticas e a ineficiência das políticas públicas. No município em estudo nos últimos dez anos a cidade sofreu várias epidemias de dengue com aumento dos casos graves, hospitalizações e óbitos. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a distribuição espacial e a evolução temporal da incidência da dengue e sua correlação com variáveis entomológicas e climáticas em um município brasileiro de tríplice fronteira, no período de agosto de 2006 a julho de 2016. O estudo foi desenvolvido na cidade de Foz do Iguaçu. Foram feitas as análises descritivas, espaciais, temporais e analíticas, seguidas de testes de regressão linear simples para avaliar a correlação entre as variáveis, utilizando o programa estatístico \"R\". Foram avaliados a correlação entre a variáveis incidência da dengue e fatores climáticos e entomológicos para os anos epidêmicos e não epidêmicos em relação ao mesmo mês, um, dois e três meses antes da ocorrência da incidência da doença. Os dados foram coletados de fontes secundárias dos Sistemas de Informações em Saúde, disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde. A base territorial geográfica utilizada foi a unidade de estrato. Os resultados mostraram que os anos epidêmicos apresentou 60% do período estudado. A incidência da doença nos anos epidêmicos foi alta, ultrapassando a 1000 casos/100 mil/habitantes e acometeu todas as regiões da cidade. Os resultados dos testes de regressão, apresentaram correlação negativa da dengue com índice de infestação Predial, para os anos epidêmicos, e positiva para os anos não epidêmicos com intervalo de dois e três meses. houve correlação positiva da dengue para os anos de epidemia com o índice de infestação do mosquito adulto, com intervalo de três meses, com a umidade relativa do ar em período simultâneo, dias de chuvas, média da temperatura média e média da temperatura máxima, com intervalo de um e dois meses, pluviosidade com intervalos de um, dois e três meses. Sendo assim pode inferir que o índice e infestação predial é fraco em estimar o risco de transmissão da doença, embora seja preconizado pelo Ministério da Saúde para esse fim. O clima foi um dos principais fatores a responderem pela incidência da dengue. O intervalo de três meses, em relação ao início das epidemias, mostrou-se o período mais oportuno para realizar as ações de controle do vetor. Conclui-se que os resultados desta pesquisa podem contribuir proporcionado a precocidade da informação e viabilizando a tomada de decisão em tempo oportuno de forma a focalizar as áreas de maior risco e desta forma otimizar o serviço de campo e a prevenção das doenças causadas pelo Aedes aegypti