Estudo de fatores de risco para casos de dengue no período de 2010 a 2016 no município de Praia Grande (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, Maira Freitas Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-24092019-115251/
Resumo: Dentre as doenças virais transmitidas por artrópodes, a dengue é a de maior importância em função do seu alto impacto em termos de morbimortalidade na população mundial em anos recentes, além de exigir esforços e investimentos cada vez mais intensos dos serviços de saúde pública. O estudo epidemiológico de distribuição espaço-temporal e de fator de risco para ocorrência de casos de dengue e de criadouros de Aedes aegypti se mostra de extrema importância, permitindo ao município em estudo, uma atuação com base em ações estratégicas no controle e profilaxia do vetor, bem como das doenças veiculada pelo mesmo. O objetivo deste estudo foi descrever espacialmente os dados de casos notificados de dengue e de positividade larvária de Aedes aegypti, no município de Praia Grande - SP, e estudar possíveis fatores de risco. Foi realizado um estudo, com delineamento híbrido, ecológico e de tendência temporal. Neste estudo foi realizado caracterização das variáveis sóciodemográficas do município, utilizando os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social e da Secretaria de Saúde do município de Praia Grande. Foi avaliado a distribuição tempo-espacial de casos confirmados de dengue, obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde e dados de positividade larvária em imóveis, coletados dos Sistema de Informação Sisaweb, da Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo. Por fim foi avaliado a relação da ocorrência de casos com as variáveis sóciodemográficas como fatores de risco. Foi possível observar que o município apresenta distribuição sóciodemográfica bem demarcada, entretanto a distribuição espacial dos casos em Praia Grande é aleatória sem formação de clusters, e não foi encontrada correlação entre os casos com as variáveis entomológicas e sociodemográficas. As séries temporais revelaram que os casos de dengue seguem um padrão temporal com marcada sazonalidade, com casos concentrados no primeiro semestre do ano, e ciclo epidemiológico de pico a cada 2 a 3 anos.