Investigação da estabilidade inter e intra-examinador na identificação do P300 auditivo: análise de erros.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Junqueira, Cinthia Amorim de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-30082002-112247/
Resumo: O P300 auditivo é um potencial evocado que reflete a atividade neurofisiológica das habilidades cognitivas auditivas de atenção, memória, discriminação e tomada de decisão. A possibilidade de correlacionar aspectos do comportamento auditivo a fenômenos fisiológicos observáveis tem despertado o interesse de profissionais de diversas áreas interessados no estudo das disfunções auditivas. Por ser um procedimento novo, os métodos de análise e interpretação dos resultados ainda não estão padronizados e, portanto, devem ser explorados e discutidos visando maior segurança para aplicação clínica e científica. Este estudo investigou a estabilidade na análise e interpretação do P300 auditivo seguindo um conjunto de regras (critério) pré-determinadas. Para isso, quatro profissionais da área audiológica analisaram, em 2 momentos diferentes, 70 traçados de P300 de crianças e adolescentes saudáveis entre 8 e 18 anos de idade, seguindo as mesmas regras para a identificação das ondas (N1, P2, N2 e P3) e marcação de suas medidas de latência. As medidas de latência da onda P300 foram submetidas a análises qualitativa e quantitativa. A análise qualitativa investigou os tipos de erros cometidos pelo examinador no uso do critério de determinação do P300 (5,9% do total de 560 medidas obtidas). Os erros mais freqüentes no uso do critério foram: não identificar o P300 como a maior onda logo após o complexo N1-P2-N2 e identificar uma “falsa" onda P300. A análise quantitativa investigou a variabilidade da medida da latência do P300 atribuível ao examinador. Os resultados mostraram que não houve diferença significante entre as análises inter e intra-examinador, tendo sido encontradas correlações significantes entre as medidas de latência, indicando boa fidedignidade no teste-reteste e alta concordância entre os examinadores no modo como analisaram os traçados das ondas. O critério usado neste estudo demonstrou ser útil na determinação do P300, podendo ser sugerido com segurança para uso clínico e científico.