Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Calderaro, Victor Goiris |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-20052020-091938/
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Resumo: |
Introdução: A audição é um dos sentidos fundamentais para que o ser humano possa se comunicar. Sendo ela deficiente, uma das condutas apropriadas para minimizá-la, quando não é possível tratamento médico ou cirúrgico, é o uso de aparelho de amplificação sonora individual (AASI). Uma maneira efetiva de verificar se os aparelhos estão trazendo benefícios para o paciente é avalia-lo por meio de testes de percepção de fala, questionários e exames eletrofisiológicos Objetivo: Verificar as possíveis adaptações a nível funcional após a estimulação auditiva com uso de AASI em indivíduos com perda auditiva sensorioneural de grau moderado e severo. Material e métodos: Foram avaliados 24 indivíduos, de ambos os sexos, com média de idade de 58,9 anos (DP+- 15,0), com perda auditiva sensorioneural de grau moderado ou severo, os quais receberam AASI bilateral. Foram realizadas a avaliação comportamental e eletrofisiológica da audição e aplicação de questionário de auto percepção da deficiência auditiva. A primeira fase da coleta foi realizada no período da adaptação dos aparelhos, constituindo-se da avaliação com o teste Listas de Sentenças em Português e da avaliação eletrofisiológica (P300). A segunda fase após seis meses, constituindo-se das mesmas avaliações da fase um, acrescidas da aplicação do questionário Hearing Handicap for Inventory for Elderly (HHIE) or Adults (HHIA), semelhante à terceira fase, que ocorreu após 12 meses da adaptação. Resultados: O limiar auditivo médio em campo sonoro foi de 55,1 dB na fase 1, 36,1 dB na fase 2 e 36,9 dB na fase 3. A média de latência do P300 para os estímulos tone burst e fala foram, respectivamente, 348,85 e 326,08 ms na fase 1; 334,84 e 330,72 ms na fase 2 e 337,01 e 318,62 ms na fase 3, já a média de amplitude foram, respectivamente, 3,38 e 4,25 µV na fase 1; 4,12 e 4,26 µV na fase 2 e 4,35 e 3,70 µV na fase 3. Não houve diferença estatística de latência e amplitude entre as fases. As médias de acertos no teste de reconhecimento de sentenças no silêncio (F1 = 79%, F2 = 85,4% e F3 = 86,6%) mostram diferença estatística (p = 0,0003) com o uso de AASI quando comparadas as fases 1 e 2 e as fases 1 e 3. A aplicação do questionário HHIE ou HHIA apontou resultados favoráveis ao uso dos aparelhos auditivos, mostrando redução de restrição de participação do indivíduo. Conclusão: Não houve diferenças nas medidas de latência e amplitude da componente P3 nas três fases do estudo, evidenciou-se melhora das respostas dos indivíduos para os testes de percepção de fala nas três fases do estudo. Houve correlação da variável grau da perda auditiva com os resultados do teste de percepção de fala. Os escores do questionário de autoavaliação demonstraram redução da percepção de restrição de participação, após uso do AASI, tanto no âmbito emocional quanto no social. |