Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Fábio Lucas da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-04102016-125816/
|
Resumo: |
O objetivo deste estudo é compreender as principais características da militância política contra a ditadura civil-militar no Brasil realizada por brasileiros exilados em Argel entre 1965 e 1979. O trabalho almeja mostrar que Argel transformou-se em local estratégico para a composição de redes transnacionais de oposição à ditadura, pois os brasileiros que se exilaram na capital argelina mantinham contatos com lideranças de esquerda na Europa, com integrantes de movimentos em prol da independência africana e com instituições de defesa dos direitos humanos. Sob liderança do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, um grupo de exilados criou a Frente Brasileira de Informação, que interligou exilados brasileiros em países europeus e americanos para divulgar boletins com denúncias sobre a desigualdade social, a censura e a tortura na ditadura brasileira. Argel também foi inclusa na rota de exilados que queriam chegar à Europa, especialmente em Paris, onde estava a maior quantidade de exilados brasileiros, e Cuba, onde se realizavam treinamentos para a luta armada dos integrantes das organizações de esquerda como ALN (Ação Libertadora Nacional), MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de outubro) e VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). Toda a movimentação dos exilados na Argélia foi acompanhada atentamente pelos departamentos de investigação da ditadura e por meio da colaboração entre agentes diplomáticos brasileiros, franceses e norte-americanos. As investigações sobre as ações dos exilados na Argélia visavam principalmente à contenção das críticas promovidas em âmbito internacional por membros da Frente Brasileira de Informação e reprimir a organização de guerrilhas com possível participação dos quarenta banidos para Argel após o sequestro do embaixador alemão, Ehrenfried Von Holleben. |