Frente Brasileño de Informaciones e Campanha: os jornais de brasileiros exilados no Chile e na França (1968-1979)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cruz, Fabio Lucas da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30092010-111933/
Resumo: A pesquisa analisa periódicos produzidos por brasileiros exilados no Chile entre 1968 e 1973, com o objetivo de identificar como esses intelectuais concebiam o Brasil e a América Latina a partir das experiências do exílio e das revisões das concepções teóricas que regiam a ação dos grupos de esquerda. Foram selecionados para análise os periódicos com maior duração e circulação: o Frente Brasileño de Informaciones, publicado entre 1968 e 1973 pelo Comitê de Denúncia de Repressão no Brasil, e o Campanha, produzido a partir de 1972 pelo grupo de esquerda Fração Bolchevique. Embora apresentassem posicionamentos políticos distintos, ambos debatiam as complexas transformações do exílio e possibilitavam a troca de informações e ideias entre os grupos de brasileiros presentes no Chile, no Brasil e na Europa. Após a implantação do regime militar chileno em 1973, que obrigou os brasileiros a partirem para um novo exílio, o Campanha reapareceu em Paris e passou a apresentar artigos que evidenciavam uma grande alteração de perspectivas sobre a realidade latino-americana e sobre os projetos revolucionários discutidos e conduzidos a partir do exílio. A pesquisa também analisa a trajetória desse periódico em Paris para observar qual foi o impacto da vivência do exílio no Chile e do golpe militar de 1973 para a redefinição das concepções e estratégias de ação do grupo que o produzia. Por meio da análise dos textos e imagens dos impressos produzidos no Chile e também do Campanha após sua reorganização em 1974, almeja-se identificar quais alterações ocorreram nas diferentes abordagens sobre o exílio, o Brasil, a América Latina e a Esquerda. A pesquisa estende-se até o ano de 1979, quando os exilados começam a retornar ao Brasil, intensificando os debates sobre a redemocratização e a reinserção numa sociedade por tanto tempo imaginada e muito distante da realidade que viriam encontrar.