Cistos renais bosniak 3 e 4: impacto da vigilância ativa nos escores nefrométricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Machado, Roberto Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-03092019-161532/
Resumo: INTRODUÇÃO: O tratamento padrão-ouro para cistos renais complexos (CCRs) Bosniak III e IV é a excisão cirúrgica devido ao alto risco de malignidade. Entretanto, a histologia benigna está presente em 50% dos cistos de Bosniak III e 10% de Bosniak IV. A vigilância ativa (VA) é uma terapia estabelecida para massas renais sólidas pequenas. Muitos autores relataram a segurança e bons resultados oncológicos para VA nos CRCs. Mas, até o momento, não há dados disponíveis na literatura que informem as alterações dos escores de Nefrometria dos CRCs (s-R.E.N.A.L e s-PADUA) em VA. OBJETIVO: Avaliar as alterações no escore de Nefrometria para CCRs Bosniak III e IV em VA com seguimento mínimo de dois anos. PACIENTES E MÉTODOS: Este estudo foi observacional, multicêntrico, retrospectivo. Dados de 101 CRCs foram obtidos de 95 pacientes. Os prontuários médicos foram obtidos de três diferentes instituições: Hospital de Amor Barretos - Fundação Pio XII, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP e o MD Anderson Cancer Center - EUA. Escores de Nefrometria (R.E.N.A.L e PADUA) foram obtidos revisando-se os exames (TC e RM) por quatro radiologistas e um uro-oncologista, no momento do diagnóstico e da última imagem disponível, com intervalo mínimo de dois anos. A análise estatística foi realizada utilizando-se a versão SPSS com os do teste do Qui-quadrado e de Homogeneidade Marginal. Os dados foram coletados e armazenados na plataforma (REDCap). RESULTADOS: Entre as 101 lesões, 62 eram Bk IV e 39 Bk III. O seguimento médio foi de 4,2 anos. Os cistos Bk IV foram mais prevalentes em homens e os Bk III em mulheres. O tamanho inicial médio dos CRCs foi de 2,77 cm (0,50 - 11,8) e o tamanho médio final dos CRCs foi de 3,0 cm (0,40 - 13,10). De acordo com o tamanho, 19 lesões diminuíram, 45 lesões aumentaram e 37 lesões ficaram estáveis . De acordo com o escore Nefrometria s-R.E.N.A.L: cinco lesões mudaram de categoria, uma (1%) diminuiu a complexidade e quatro (4%) tiveram a complexidade aumentada; utilizando o sP.A.D.U.A sete lesões mudaram de complexidade, em duas lesões (2%) a complexidade diminuiu enquanto em cinco lesões (5%) a complexidade aumentou. A mediana da velocidade de crescimento foi de 0,19 cm/ano e a velocidade de diminuição foi de 0,21 cm/ano. CONCLUSÕES: Após um mínimo de dois anos de acompanhamento, a complexidade das 101 lesões CRCs Bosniak (III e IV) em VA aumentou em 4 lesões (4%) de acordo com s-R.E.N.A.L. e em 5 lesões (5%) de acordo com o s-PADUA