Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Drumond, Daniel Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-26022024-092403/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os pacientes com doença renal crônica (DRC) possuem elevada prevalência de calcificação vascular (CV) da camada intimal, relacionada aos fatores de risco tradicionais, e da camada média, relacionada aos fatores de risco não-tradicionais. Há forte associação entre CV e doença cardiovascular (DCV), a principal causa de morte nesses indivíduos. A CV pode ser mensurada de forma eficaz através de radiografias simples de mãos, bacia e abdome, com cálculo dos escores de Adragão e de Kaupilla. OBJETIVOS: avaliar a prevalência de calcificações vasculares e estimar o risco cardiovascular, baseados nos escores de Adragão e Kaupilla, em receptores de transplante renal, além de investigar a associação dos escores de CV com características clínicas e laboratoriais dos pacientes. MÉTODOS: Estudo observacional e transversal em centro único, com seleção aleatória de 177 receptores de transplante renal. Realizamos coleta de dados no prontuário, dosagens de exames laboratoriais e radiografias simples. Foram excluídos 26 indivíduos em decorrência da não realização das radiografias, totalizando uma amostra de 151 pacientes. RESULTADOS: A prevalência de CV que encontramos foi de 51,65%, 35,76% e 42,38% considerando, respectivamente, o índice global de CV, o escore de Adragão e o escore de Kaupilla. Observamos que, em relação ao índice global, 43,7% dos pacientes foram classificados como alto risco cardiovascular e, quando consideramos o escore de Adragão e Kaupilla, 38,4% e 25,2%, respectivamente. Comparando o grupo de alto risco com o grupo de baixo risco cardiovascular, utilizando o escore de Adragão, houve diferença significativa entre as variáveis idade, escore de Framingham, diabetes mellitus (DM), estágios da DRC, dosagens de glicose e hemoglobina glicada (HB1AC). Já em relação ao escore de Kaupilla, houve diferença significativa entre as variáveis idade, escore de Framingham, doença arterial coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC), tabagismo e dosagens de 25-hidroxivitamina D, comparando o grupo de alto risco com o grupo de baixo risco cardiovascular. CONCLUSÕES: Este foi o primeiro estudo a avaliar a prevalência de CV em receptores de transplante renal no Brasil. Encontramos que mais da metade dos indivíduos apresentavam CV. Classificamos os indivíduos em alto e baixo risco cardiovascular, baseado na gravidade da CV. Considerando o escore de Kaupilla ou o escore de Adragão, 43,7% dos pacientes foram classificados como tendo alto risco cardiovascular. Fizemos também a associação de parâmetros demográficos, clínicos e laboratoriais entre os dois grupos. Identificamos associação do escore de Kaupilla com DCV (DAC, IC) e tabagismo. Foi demonstrado que pacientes com escore de Adragão ≥ 3 são classificados em estágios mais avançados da DRC. Consideramos que o Escore de Adragão deveria ser incluído, junto ao Escore de Kaupilla, como método de avaliação de CV em pacientes com DRC, podendo ser, inclusive, mais específico para essa população. |