Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Jordão, Camila Paixão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-30092022-123459/
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Resumo: |
A angina refratária (AR) é uma condição crônica da doença arterial coronariana (DAC) caracterizada clinicamente por insuficiência coronariana e angina persistente, apesar da terapia médica ideal. A DAC é caracterizada por disfunção endotelial sistêmica. A função endotelial periférica medida pela técnica de vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) é considerada um importante marcador pré-clínico de doença aterosclerótica e um marcador prognóstico em pacientes com DAC. Em relação ao tratamento, o treinamento físico é um importante estímulo para a melhora da função endotelial em pacientes com DAC. No entanto, os efeitos do treinamento físico na função endotelial em pacientes com AR são desconhecidos. Além disso, os pacientes com AR são limitados pela dor, o que se torna um desafio a prescrição de exercícios. Neste estudo, objetivamos verificar os efeitos do treinamento físico combinado na função endotelial em pacientes com AR. Trata-se de um estudo prospectivo, unicêntrico, randomizado, envolvendo pacientes com angina limitante (classe II a IV da Canadian Cardiovascular Society), com idade entre 45 e 75 anos e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) > 45%. Após a inclusão os pacientes foram randomizados para treinamento físico combinado (TF) ou grupo tratamento clínico (TC). Análise laboratorial, teste cardiopulmonar (TCP) e protocolo de VMF na arterial braquial foram realizados na inclusão e após 36 sessões de treinamento físico combinado ou 3 meses de manutenção do tratamento clínico . A ecocardiografia de esforço foi realizada para verificar isquemia antes do início do protocolo de treinamento físico, o qual compreendeu sessões de 60 minutos, 3 vezes por semana, incluindo 40 minutos de exercício aeróbico até a frequência cardíaca do limiar anginoso no TCP, 15 minutos de treinamento resistido, e 5 minutos de alongamento. 38 pacientes com AR foram incluídos (idade média 60±9 anos, 22 homens); 21 foram randomizados para o grupo TF e 17 para o grupo TC. Não houve diferenças entre os grupos antes do treinamento físico combinado ou do período de tratamento clínico em nenhuma variável, o que mostra homogeneidade entre os grupos. Após o período de intervenção, não houve diferença na VMF. No entanto, observamos uma diminuição na hemoglobina glicada (TFpré vs. TFpós, p = 0,004; interação, p < 0,001) e pressão arterial sistólica (TFpré vs. TFpós, p = 0,05; interação, p = 0,001), aumento do tempo de exercício em TCPE (p < 0,05, TFpré vs. TFpós; interação, p < 0,05) no grupo TF em relação ao seu par pré-intervenção. Não foi observada correlação entre tempo de exercício no TCP ou no fluxo sanguíneo médio (microcirculação) e VMF, (r = -0,33, p = 0,19 e r = 0,37, p = 0,15). Em conclusão, o treinamento físico no limiar anginoso não melhorou a função endotelial em pacientes com AR, apesar de melhorar importantes parâmetros clínicos nesses pacientes |