Teste cardiopulmonar em pacientes com angina refratária: análise funcional e isquêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Assumpção, Camila Regina Alves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-08062021-122634/
Resumo: Introdução: O teste cardiopulmonar (TCP), exame considerado padrão-ouro para avaliação da capacidade funcional, possui a vantagem de permitir a análise de variáveis como o slope de eficiência do consumo de oxigênio (OUES), mesmo quando executado de forma submáxima. Além disso, o TCP tem sido reconhecido como ferramenta útil para detecção de isquemia. A angina refratária é condição crônica crescente em nosso meio e tem como importante característica clínica a baixa capacidade de esforço e qualidade de vida dos pacientes. Conhecer a capacidade funcional de forma objetiva e a utilidade do TCP na detecção de isquemia de pacientes com angina refratária pode ser o primeiro passo para sua mais ampla utilização na prática clínica. Objetivos: Determinar a capacidade cardiorrespiratória pelo OUES em pacientes com angina refratária, analisar o comportamento da curva do pulso de O2 pelo TCP e verificar a associação no momento de sua alteração, pela frequência cardíaca (FC), com o momento das alterações isquêmicas determinadas pela ecocardiografia sob estresse físico e comparar as diferenças nas variáveis cardiorrespiratórias de acordo com a classe funcional de angina. Métodos: Este estudo trata-se de uma análise transversal realizado nos participantes do estudo denominado \"Reabilitação cardíaca em pacientes com angina refratária\", com pacientes em acompanhamento na Unidade de Coronariopatias Crônicas do InCor- HC-FMUSP (Classificação da Sociedade Cardiovascular Canadense de II a IV). Os pacientes foram submetidos a avaliação clínica, ao ecocardiograma de esforço em cicloergômetro de membros inferiores adaptado à maca, utilizando protocolo escalonado e ao TCP em esteira rolante utilizando o protocolo em rampa. A distribuição da amostra foi avaliada pelo teste de Kolmogorov Smirnov. A análise de variância unidirecional com medidas repetidas foi realizada para testar: 1) diferenças dentro do grupo para resposta cardiorrespiratória durante exercício graduado e 2) diferenças para parâmetros cardiorrespiratórios entre pacientes de acordo com a CCS. Quando diferenças significativas foram detectadas, post hoc de Tukey foi realizado. A correlação de Pearson foi realizada para determinar a relação entre a FC no início da resposta de mudança na curva do pulso de O2 e a FC relacionada à isquemia miocárdica detectada pelo ecocardiograma de esforço. Resultados: Foram estudados 31 pacientes de ambos os sexos, com idade média de 61,3 ± 8,4 anos. Os pacientes demonstraram baixa capacidade cardiorrespiratória (OUES de 1,74 ± 0,4 L/min; 63,9 ± 14,7% do previsto), e 77% dos pacientes apresentaram platô ou queda na resposta do pulso de O2. A análise de correlação mostrou associação positiva entre a FC no início da isquemia miocárdica detectada pelo ecocardiograma de esforço e a FC no início de alteração da curva do pulso de O2 pelo TCP (R = 0,48; P = 0,019). As variáveis cardiorrespiratórias do TCP, quando comparadas de acordo com a CCS dos pacientes não mostraram diferenças significativas entre os grupos (p > 0,05). Conclusões: Pacientes com angina refratária apresentam baixa capacidade cardiorrespiratória detectado pelo OUES. Uma relação significativa foi observada entre a resposta em platô do pulso de O2 durante o TCP e as alterações contráteis detectadas pelo ecocardiograma de esforço. Nossos resultados não demonstraram diferenças na resposta cardiorrespiratória ao comparar pacientes com angina refratária de acordo com o CCS