Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Prata, Mateus Arantes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-10072023-153939/
|
Resumo: |
Introdução: o manejo da angina instável gera dúvidas pela sua subjetividade diagnóstica e pouca representação nos grandes ensaios clínicos randomizados. As diretrizes recentes orientam a estratégia invasiva direta (cateterismo cardíaco) apenas para pacientes estratificados como alto risco, porém a prevalência de indivíduos de alto risco nessa população é muito baixa. Dessa maneira, o estudo exclusivamente da angina instável em um pronto-socorro da rede pública de saúde, com laboratório de hemodinâmica de fácil acesso, pode contribuir para o entendimento da doença e otimizar fluxo nas instituições conforme a realidade brasileira. Métodos: coorte retrospectiva, que incluiu pacientes com diagnóstico de angina instável de 16 de julho de 2018 a 28 de fevereiro de 2020 em um pronto-socorro de nível terciário e especialista em cardiologia. O objetivo primário foi a análise de fatores associados à indicação de estratificação invasiva ou não nos pacientes, sendo divididos em estratificação invasiva (cinecoronariografia) e não invasiva (cintilografia de perfusão do miocárdio ou angiotomografia de coronárias). O objetivo secundário foi avaliar os fatores associados à presença de doença coronariana obstrutiva ou presença de isquemia, conforme resultados dos exames utilizados na estratificação. Resultados: 729 pacientes foram incluídos na amostra, com idade média de 62,9 anos e predomínio do sexo masculino (64,6%). Estiveram associados à estratificação invasiva na análise univariada: tabagismo (p = 0,001); tipo de dor torácica (p < 0,001); dor em crescendo (p = 0,006); escore TIMI (p = 0,006); escore HEART (p = 0,011). Na análise multivariada, tabagistas, ex-tabagistas e dor torácica tipo A tiveram associados de forma independente (OR 2.23; 2.19 e 3.39, respectivamente). Estiveram associados à doença coronariana obstrutiva ou isquemia na análise univariada: tempo de internação hospitalar (p < 0,001); sexo masculino (p = 0,032); dor desencadeada por esforço (p = 0,037); Diamond-Forrester (p = 0,026); escore TIMI (p = 0,001). Na análise multivariada, dor torácica, presença de DAC prévia e tempo de internação estiveram associados de maneira independente. Conclusão: o tipo de dor torácica parece auxiliar não apenas no diagnóstico de angina instável, mas também na decisão quanto ao método de estratificação. |