Insurgência da crítica e a crítica da insurgência: resistência,autonomia e desafios pós-ocupações secundaristas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ginzel, Flavia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-27052024-075010/
Resumo: Esta pesquisa investiga os reflexos da participação de jovens nas ocupações de escolas públicas ocorridas em 2015 e 2016 na Região Metropolitana de Sorocaba, interior de São Paulo. Para isso, foram conduzidas entrevistas compreensivas com um total de 19 jovens, sendo oito deles(as) entrevistados(as) em duas etapas, com aproximadamente dois anos de diferença entre cada uma. Do ponto de vista teórico, a pesquisa é amparada pelos estudos da Sociologia da Juventude na sua interface com os engajamentos políticos em especial pelas pesquisas que analisaram os movimentos sociais e ações coletivas da segunda década do século XXI bem como pela Sociologia do Indivíduo, com ênfase nas obras de Danilo Martuccelli. A análise dos relatos revela uma diversidade de percursos, tanto no que se refere aos engajamentos quanto em relação a outros domínios, como educação, trabalho, vida afetiva e familiar. Esses, por sua vez, configuram-se em desafios comuns enfrentados pelos(as) jovens em seus processos de conquista de autonomia e independência, em um contexto marcado por uma conjunção de crises econômica, política, ambiental, sanitária e geopolítica. No que se refere especificamente às ressonâncias da participação nas ocupações no âmbito da continuidade ou não dos engajamentos políticos, observa-se que a experiência foi um marcador em suas trajetórias e é concebida de forma positiva pelos(as) jovens entrevistados(as). Contudo, experiências posteriores em partidos políticos e/ou coletivos refletiram diferentes relações com a política sobretudo com as organizações políticas , sendo ora positivas, ora negativas. Questões relativas ao gênero, à orientação sexual e à religiosidade emergiram de forma intensa em seus relatos, conjuntamente ao desejo por horizontalidade e apoio mútuo entre os membros das organizações, bem como o anseio pela possibilidade do dissenso.