Heróis de brincadeira: o imaginário insurrecional dos jovens na experiência de ocupações secundaristas nos anos 2015 e 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Jesus, Fabio Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19092019-152110/
Resumo: A partir de uma perspectiva crítica em Psicologia nas suas interfaces com a Educação, nosso objetivo foi buscar desvelar os possíveis sentidos das ideias, avaliações, e intenções do gesto insurrecional estudantil dos jovens que promoveram o Movimento político de Ocupações Secundaristas em 2015 e 2016; a partir de suas falas, depoimentos e entrevistas individuais, e coletivas via grupos focais, colhidas no contexto de quatro escolas que viveram essa experiência política, buscamos apreender o sujeito como a construção histórica de suas subjetividades, e as suas vozes como a apropriação particularista dessa construção histórica. As análises dos seus depoimentos, falas e entrevistas, nos permitiram perceber o gesto político dos jovens como uma recusa da Política que visava uma Reorganização Escolar proposta pelo Governo Estadual paulista em 2015, e, mais que isso, de que modo esse Movimento significou um exercício de construção da criticidade dos jovens, o que se nos mostrou posto em seu gesto insurgente, que foi, no fundo, como pudemos perceber, contra os pressupostos inerentes à proposta estatal. Outrossim, esse percurso nos revelou um interessante e dinâmico retrato social das mudanças que vêm ocorrendo na percepção social e política desses jovens. Para isso, rememoramos a história das Ocupações nos referidos anos; ouvimos os atores sociais e particularmente a staff política que buscavam implementar a Política de Reorganização Escolar; e os atores sociais contrários à Política, entre eles, pais, mães, professores, e, especialmente, os estudantes insurretos.