Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Redigolo, Carine Savalli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-16072013-122824/
|
Resumo: |
A exposição ao ambiente social humano ofereceu aos cães um nicho especial para desenvolver habilidades socio-comunicativas para cooperar com o ser humano. Tem sido exaustivamente estudada a habilidade dos cães de usar sinais comunicativos do ser humano. O presente estudo levanta uma questão sobre a produção de sinais pelos cães para se comunicar com o ser humano: Os cães são capazes de se comunicar usando sinais direcionados a algum item de interesse no ambiente e com intenção de manipular seus tutores de tal forma a recebê-lo? Como intencionalidade não é possível de mensurar, alguns critérios operacionais podem ser considerados como requisitos para qualificar um sinal comunicativo como funcionalmente referencial e intencional: o sinal deve ser usado socialmente (para ser, antes de mais nada, considerado um sinal comunicativo) e influenciado pela direção da atenção visual do receptor; além disso o emissor do sinal deve apresentar alternância de olhares entre o receptor e o objeto ou evento a ser comunicado e comportamentos de chamar a atenção, e, finalmente, o emissor deve persistir e elaborar a comunicação quando a primeira tentativa de manipular o receptor falhar. Cães foram submetidos a um estudo experimental em que eles podiam ver uma comida desejável mas precisavam da cooperação de seus tutores para recebêla. Manipulando a presença/ausência do tutor/comida, a posição da comida (em dois possíveis lugares), a direção da atenção visual do tutor e o comportamento do tutor quanto ao resultado do pedido (dar a comida, metade da comida ou uma comida indesejável) após um período em que os cães comunicavam a comida, pudemos investigar se esses critérios de referencialidade xv e intencionalidade eram válidos para os cães. Foram encontradas evidências de que os cães usam comportamentos, especialmente a alternância de olhares entre o tutor e comida, como sinais comunicativos de uma maneira funcionalmente referencial e intencional. O presente e exaustivo estudo confirma e atualiza estudos anteriores; ele também enfatiza que diferentes cenários podem levar a diferenças nos comportamentos referenciais e intencionais dos cães. Assim como em outros estudos sobre cognição social em animais, esse estudo não permite separar se os comportamentos adaptativos dos cães baseiam-se em mecanismos simples ou em uma teoria da mente do seu tutor; ainda assim, ele mostra nos cães propriedades dos comportamentos comunicativos similares aos dos pongídeos que vivem em cativeiro |