Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Assef, Aline Ester de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-07072014-182145/
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Resumo: |
O presente trabalho pretende investigar a relação dinâmica e complexa de identificação do sujeito-professor com a escrita, no que diz respeito a como este sujeito constrói seu discurso escrito, quais as marcas linguísticas que ele disponibiliza e que podem indiciar uma possível identificação ou não com a produção textual escrita. Para tanto, utilizamos como instrumento de coleta de dados textos dissertativo-argumentativos de um grupo de professores de séries iniciais do Ensino Fundamental, que atuam no ensino público em Ribeirão Preto e que participam de um grupo de estudo, pesquisa e extensão, na FFCLRP/ USP, denominado CADEP (CENTRO DE APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA DOS EGRESSOS DE PEDAGOGIA). Realizamos as análises dos textos em consonância com os pressupostos teóricos da Análise do Discurso de linha francesa, a fim de observarmos a relação desses sujeitos com a linguagem escrita, o que foi possível pela análise das marcas linguísticas presentes em seus discursos, nos desvãos das palavras, nas brechas do dizer, na inextricável relação do dito com o não dito. Pensando na complexidade dessa relação, despertou-nos o interesse em pesquisar a identificação do sujeito-professor com a sua produção escrita no que tange aos mecanismos ideológicos presentes no seu discurso, que naturalizam determinados sentidos e não outros, suas vivências e as formações imaginárias que permeiam a sua escrita, elementos estes que podem influenciar de maneira significativa a construção do discurso escrito, assim como afetar o posicionamento do sujeito como autor. Nos recortes analisados, encontramos marcas linguísticas que indiciaram uma identificação do sujeito-professor com a linguagem escrita que lhe possibilitou criar o efeito-autor; encontramos, também, mas em menor quantidade, indícios de não identificação do sujeito com a sua produção escrita, prejudicando, nesse caso, a assunção da autoria. A partir das análises dos textos dos sujeitos-professores, notamos a importância do CADEP como um espaço no qual é permitido ao professor interpretar, movimentar os sentidos, produzir e compartilhar discursos a partir de processos historicizados e subjetivos. Dessa forma, defendemos que é preciso disponibilizar aos sujeitos-professores condições para que ocupem a posição discursiva de autores do seu discurso e nessas condições estão incluídos o acesso e o estudo dos referenciais teóricos dos quais o professor não pode ser privado quando assume a docência. Assim, entendemos que o professor também terá condições de oportunizar um espaço, na sala de aula, capaz de instigar os alunos a se identificarem com a linguagem escrita e a assumirem, nos seus textos escritos, a posição de autores do seu discurso. |