Autoria e oralidade na educação infantil: o papel do arquivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Castro, Lólia Maria Fonseca Reis Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-17062019-210027/
Resumo: Este trabalho tem como fundamentação a teoria do Letramento na perspectiva de Leda Verdiani Tfouni e, também, a Análise do Discurso Pecheuxtiana. O trabalho confere-se na busca de um olhar sobre autoria e letramento nas produções orais, na Educação Infantil, a fim de refletir, teoricamente, acerca dos conceitos de linguagem, escrita, leitura, autoria e as práticas pedagógicas no cotidiano escolar. Com base nessas considerações, o trabalho objetiva investigar se as práticas de letramento, observadas em uma escola municipal de Educação Infantil, proporcionam aos sujeitos-alunos o acesso ao arquivo, tal como entendido por Pêcheux, e, mediante o arquivo, a assunção da autoria. Para isso, foi realizada uma coleta de dados, por meio de dez visitas semanais a uma escola pública de Educação Infantil, situada em Cajuru, cidade da região de Ribeirão Preto, onde foram realizadas observações dos sujeitos-escolares no processo de construção dos sentidos, no interior da sala de aula. Com base nas análises, constatamos que quando os sujeitos-alunos são submetidos ao discurso pedagógico do tipo autoritário, conforme a concepção de Orlandi, segundo a qual ocorre uma interdição aos sentidos e o silêncio impera, a autoria não vigora, tampouco o acesso e a constituição do arquivo. Todavia, quando na sala de aula circulam várias possibilidades de interpretação e os sujeitos podem identificar-se, ou não, com determinados sentidos, quando a subjetividade tem espaço e quando o arquivo é trabalhado com os sujeitos-alunos, a autoria desde a mais tenra idade e os anos escolares iniciais manifesta-se nas produções discursivas