Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Rita de Cássia Constantini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-06012022-151540/
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Resumo: |
Este trabalho tem a finalidade de interpretar e problematizar, a partir de dois gêneros discursivos, a carta argumentativa e o artigo de opinião, o modo como os sujeitos-alunos assumem, ou não, a autoria para produzi-los. Neste trabalho não se pretende teorizar os gêneros e transformá-los em conteúdos escolares, mas, sim, analisar como o processo de escrita e autoria dos diferentes gêneros discursivos é construído, segundo as orientações do material escolar e das práticas pedagógicas de ensino. Para isso, observamos os gestos interpretativos de sujeitos-alunos, especificamente do Ensino Fundamental, ciclo II, 6º e 9º anos, de uma escola pública da região de Ribeirão Preto-SP. Adotamos os postulados Sócio-Históricos do Letramento e, também, as contribuições da Análise do Discurso Pecheuxtiana. Com base nessa fundamentação teórica, sabemos que os sentidos não são neutros, tampouco a metodologia adotada. Construir condições para a assunção da autoria tem implicações teórico-metodológicas, as quais reclamam gestos de interpretação do analista do discurso. É a partir dessa posição discursiva que analisamos as produções escritas pelos sujeitos-alunos a fim de observar se eles ocupam a posição discursiva de autor na escrita dos gêneros discursivos em questão. Privilegiar o início e o fim do II Ciclo do Ensino Fundamental pode contribuir para refletirmos sobre o modo como a escola trabalha leitura, interpretação e produção de textos nesse período escolar que, a nosso ver, sustentará a relação que o sujeito-aluno construirá com a leitura e a escrita ao longo dos anos escolares e, talvez, para além da escola. As análises das produções textuais apontam um movimento dos sujeitos para a assunção da autoria, pois entendemos que os sujeitos-alunos autorizaram-se a construir argumentos para defender seus pontos de vista, por meio de mecanismos de convencimento que funcionaram e sustentaram os textos produzidos. Apesar de a escola trabalhar os gêneros como se fossem moldes, fora de uma situação social, de fato, razão de ser dos gêneros discursivos, podemos dizer que os sujeitos-alunos arriscaram-se na construção dos enunciados aproveitando a liberdade da escrita, mesmo que não seja para produzir o gênero discursivo solicitado pela professora, mas, mesmo assim, ocuparam a posição discursiva de sujeito-autor, compreendendo a escrita como uma prática social, e não apenas como uma atividade escolar presa às formas conteudistas e aos componentes estruturais de um determinado gênero discursivo. |