Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Raggi, Mariana Guedes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-05082015-133417/
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Resumo: |
O tema central desta tese se fundamenta no processo conflituoso e contraditório da produção do espaço de Belo Horizonte à luz do paradigma da modernidade. No final do século XIX, a nova capital das Minas é idealizada para representar uma espacialidade moderna distante da antiga imagem colonial de Ouro Preto. O antigo Arraial de Belo Horizonte é destruído para que a nova cidade republicana fosse produzida. Aarão Reis, engenheiro responsável pela idealização da nova capital, revela, no traçado urbano, expressiva influência da urbanística moderna presente nas cidades europeias. Nesse sentido, o projeto da capital republicana revela legados socioespaciais de uma modernidade pretérita que são reinscritos na cidade por meio de novos usos e apropriações. A gestão municipal de Juscelino Kubistchek anuncia políticas urbanas capazes de promover, na capital das Minas, as condições necessárias à produção de novas espacialidades modernizadas pela abertura de grandes avenidas, novos eixos de crescimento da cidade; pela produção do Complexo Arquitetônico da Pampulha, pelo incentivo à cultura mineira e, - o diálogo com o movimento cultural e artístico da nação Assim, gestam-se as condições de produção de uma nova morfologia urbana: a metrópole. A partir da análise do distanciamento estabelecido entre a representação do espaço idealizado e a produção dos espaços de suas representações, refletiu-se nesta tese, sobre a produção de um saber político engendrado no espaço urbano de Belo Horizonte. Os caminhos percorridos em prol da modernidade prometida lançaram a capital nos trilhos do projeto industrial. A gestão municipal de Juscelino Kubistchek promoveu legados socioespaciaos que viabilizaram a espacialidade de uma metrópole em construção/reconstrução. Os desdobramentos da produção da metrópole revelam-se em novas políticas urbanas que, guiadas pela promessa modernizante, patrimonializam as antigas formas e lhes atribuem novos conteúdos. A Praça da Liberdade é um exemplo claro desse processo: produzida para representar os ideais republicanos, encontra-se hoje inserida no Circuito das mercadorias Culturais, mercantiliza, a partir da patrimonialização do seu patrimônio, os legados de uma modernidade pretérita. |