A Representação do espaço urbano no cinema : uma viagem dos primeiros cinemas ao princípio da modernidade cinematográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Ronell da
Orientador(a): Strohaecker, Tania Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197097
Resumo: A presente dissertação propõe o estudo da representação do espaço e sociedade urbanos no cinema, do período que abrange os primeiros cinemas ao princípio da modernidade cinematográfica, recorte temporal que corresponde, aproximadamente, de 1890 a 1950. Para delimitação do objeto de estudo, partimos da seleção pontual de obras fílmicas de escolas cinematográficas emblemáticas do ponto de vista da história do cinema mundial. Outrossim, adotamos uma abordagem que contemplasse a análise geográfica da história do cinema mundial, à luz dos processos de modernização, industrialização e urbanização do final do século XIX a meados do século XX, a partir do estudo da modernidade e modernismo em Harvey. Em consonância ao que propõe Metz, Bernardet, Rosenfeld e outros autores, entendemos o cinema como uma instituição cuja organização se dá prioritariamente em moldes industriais, e os filmes como os produtos dessa instituição. A partir dessas noções balizadoras, apresentamos um estudo sobre a criação e a evolução da linguagem cinematográfica por meio de convenções próprias dessa forma de arte, e a sua consequente capacidade de criar narrativas e discursos, os quais estão no cerne do que seja a representação no cinema. Com o auxílio de diversos conceitos da Geografia e do Cinema, tais como: “espaço”, em Massey; “espaço geográfico”, em Santos; “espaço urbano”, em Lefebvre; e “espaço fílmico”, em Aumont; apontamos para a distinção entre o espaço da realidade e o espaço fílmico, e o modo como o cinema cria, por meio de suas operações, a impressão de realidade vista nos filmes e seus discursos intencionalmente apresentados. Partindo também do princípio de que os filmes não estão descolados dos contextos sócio-espaciais nos quais eles têm existência, tratamos de realizar os estudos das obras fílmicas segundo uma que leitura considere as transformações sócio-espaciais do período selecionado, confrontadas ao desenvolvimento da técnica e da indústria cinematográfica, bem como sua espacialização no cenário mundial, confluindo para um sistema de representações dotado de intencionalidades.