Utilização de cipionato de estradiol em única aplicação associado a indução da luteólise com prostaglandina F2α para sincronização do estro de matrizes suínas nulíparas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leal, Diego Feitosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-02092021-091904/
Resumo: O presente estudo objetivou avaliar a efetividade do protocolo de sincronização do estro de fêmeas suínas nulíparas por meio da indução de pseudogestação utilizando cipionato de estradiol em única aplicação seguido pelo uso de PF2α (Cloprostenol Sódico). Para tanto, no dia 12 do ciclo estral (D0 = primeiro dia do estro) 52 fêmeas suínas nulíparas foram distribuídas ao acaso em dois grupos experimentais: CON (n = 22) controle sem aplicação, PSG (n = 30) 10 mg de cipionato de estradiol por via intramuscular. A detecção de estro teve início no dia 17 do ciclo estral. Foram coletadas amostras de sangue por punção jugular para determinação das concentrações hormonais de progesterona e estradiol, tendo início no dia 12 (antes da aplicação do cipionato de estradiol) e a cada 72 horas. No dia 28 (D0 = primeiro dia em estro) as fêmeas pseudogestantes foram tratadas com duas doses (8h00 min e 14h00 min) de 0,263 mg de cloprostenol sódico por via intramuscular, para indução da luteólise. Para avaliação dos efeitos do protocolo sobre a fertilidade, 25 fêmeas foram inseminado e abatidas 5 dias após última inseminação. As fêmeas do grupo CON foram inseminadas a medida que demonstraram estro natural. O tratamento com Cipionato de Estradiol induziu pseudogestação em 90% (27/30) das fêmeas tratadas. A duração do ciclo estral foi maior (p < 0.0001) para as fêmeas do grupo PSG em comparação as fêmeas do grupo CON. As fêmeas do grupo PSG demonstraram estro em média 3,96 ± 0,19 dias após a indução da luteólise. A duração do estro não diferiu (p = 0.16) entre as fêmeas dos grupos experimentais. O número de ovulações foi similar entre as fêmeas do grupo CON e PSG (p = 0.17). Nenhuma diferença foi observada na taxa de recuperação de embriões (p = 0.18) e número total de embriões por fêmea (p = 0.06). Para a análise do desenvolvimento embrionário, a percentagem de oócitos não fertilizados (P = 0.26), de embriões fragmentados (P = 0.07), mórula (p = 0.28) e blastocistos (p = 0.28) foi similar estre as fêmeas do grupo CON e PSG. O tratamento de fêmeas suínas nulíparas com uma única aplicação de 10 mg de cipionato de estradiol no dia 12 do ciclo estral foi efetivo em induzir pseudogestação e a indução da luteólise com PGF2α resultou na sincronização do estro; além disso, o protocolo de sincronização do estro não exerceu efeito deletério sobre a fertilidade e o desenvolvimento embrionário.