Mecanismos endócrinos e moleculares pelos quais o estradiol estimula a síntese de prostaglandina F2α no endometrial em fêmeas bovinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Bertan, Claudia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-26042007-181247/
Resumo: O estradiol (E2) é requerido para a luteólise de fêmeas bovinas e injeções de E2 estimulam a liberação de prostaglandina F2α (PGF2α). É possível que o E2 estimule a síntese e/ou a atividade de moléculas envolvidas na cascata geradora de PGF2α, como enzimas e receptores para outros ligantes. O cálcio é um conhecido cofator para a proteína quinase C e fosfolipase A2, enzimas envolvidas na produção PGF2α. O objetivo geral desse estudo foi investigar os mecanismos endócrinos e moleculares estimulados pelo E2 durante a luteólise. No experimento 1, vacas holandesas não lactantes foram tratadas com 3mg de E2 nos dias 13 (n=2), 15 (n=2), 17 (n=3) e 19 (n=5) do ciclo estral e a produção de PGFM (metabólito plasmático da PGF2α) mensurada por radioimunoensaio. Concluiu-se que a administração de E2 no 17º dia do ciclo estral constitui um modelo experimental adequado para determinar os mecanismos envolvidos na síntese de PGF2α. O experimento 2, foi realizado para investigar o papel do E2 na cascata produtora de PGF2α. Novilhas cruzadas de corte, cíclicas, não lactantes, foram pareadas no dia 17 de um ciclo estral sincronizado, injetadas com 0 (n=6) ou 3mg de E2 (n=7) e abatidas 2 horas após. Explantes endometriais foram tratados com os seguintes estimuladores da síntese de PGF2α: ionóforo de cálcio (CI), melitina ou ocitocina. Explantes foram incubados em quadruplicata e amostras de meio foram coletadas imediatamente e 60 minutos após o início da cultura. As concentrações de PGF2α foram mensuradas por radioimunoensaio. Explantes endometriais tratados in vitro com CI tiveram um incremento na síntese de PGF2α de 48,41% quando foram previamente tratados com o E2 (P≤0,01). No experimento 3, células endometriais bovinas (células BEND) foram tratadas com 0, 10-7, 10-6 ou 10-5M CI por 12h em triplicata, em três experimentos independentes. As concentrações de 10-6 e 10-5M de CI estimularam a produção de PGF2α em comparação às outras concentrações (P≤0,05). No experimento 4, células BEND receberam 0 ou 10-13M E2 e 0 ou 10-6M CI em um arranjo fatorial 2 x 2, durante 12h em triplicata, em três experimentos independentes. A produção de PGF2α foi de 33,1; 32,5; 92,4 e 145,6 (EPM: 21,8) pg/mL para células não tratadas, tratadas com E2, CI e E2 + CI, respectivamente. Houve uma tendência do tratamento com CI estimular a produção de PGF2α (P≤0,08), entretanto, na presença de E2 o CI estimulou significativamente a síntese de PGF2≤ (P≤0,01). Conclui-se que em fêmeas bovinas o E2 potencializou os efeitos do CI na síntese de PGF2α endometrial. Propõe-se que o E2 ativa a síntese de enzimas que, estimuladas pelo cálcio, atuam na síntese de PGF2α endometrial