Ações do estradiol na síntese de prostaglandina f2α em células endometriais bovinas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Teissiane Fernanda de Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PKC
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180782
Resumo: Em fêmeas bovinas a liberação de prostaglandina F2α (PGF2α) endometrial pode ser induzida in vivo pelo estradiol (E2), entretanto, seu papel ainda não foi esclarecido. Em estudos prévios realizados pelo grupo, o tratamento com E2 in vivo duas horas antes das vacas serem abatidas no 17º dia do ciclo estral, associado à adição de cálcio ionóforo (CI) in vitro em explantes endometriais, exacerbou a síntese de PGF2α quando comparado ao grupo de vacas não tratadas com E2 e CI. O mesmo foi observado em células endometriais bovinas (BEND) expostas ao E2 e CI simultaneamente. Considerando que as concentrações plasmáticas de PGF2α aumentam a partir de 3,5 horas após da aplicação do E2 in vivo, possivelmente tais ações envolvam a síntese de proteínas. Hipotetizou-se que o E2 estimule a expressão e/ou a atividade das enzimas dependentes de cálcio, especificamente a proteína quinase C (PKC) e fosfolipase A2 citosólica (cPLA2). Assim, objetivou-se analisar o efeito dos inibidores de Proteína G, PKC e PLA2 na síntese de PGF2α induzida pelo 17β-estradiol e CI em células endometriais bovinas BEND (Experimento 1), e avaliar as proteínas PKC e PLA2 e ERK 1/2, pela técnica de Western Blotting, em explantes endometriais obtidos de fêmeas bovinas abatidas 2 horas após a administração de 17β-estradiol no 17o dia do ciclo estral (Experimento 2). No Experimento 1, células endometriais bovinas (BEND) foram submetidas a ausência ou presença de um inibidor de proteína G - 10µM de Guanosine 5’- {B-thio} difosfato trilitium (Experimento 1A), inibidor de PKC - 10µM de C25H24N4O2 – Bisindolimaleimide I (Experimento 1B) ou inibidor de PLA2 - 20µM de AACOCF3 (Experimento 1C), sendo posteriormente tratadas ou não com 17β-estradiol e CI. Os tratamentos foram realizados em triplicata em um total de três repetições. As concentrações de PGF2α no meio de cultivo foram mensuradas por radioimunoensaio. No Experimento 2, novilhas Nelore cíclicas receberam os tratamentos, com 0mg (n=5) ou 3mg de 17β-estradiol (n=6), ia endovenosa, 17° dia do ciclo estral e foram abatidas 2 horas após. Os explantes endometriais foram avaliados por Western Blotting para as proteínas PKC, PLA2 e ERK1/2. As análises estatísticas dos experimentos foi realizada no programa SAS (SAS Institute, 1988). No experimento 1A, observou-se efeito de repetição (P<0,001) e inibidor (P<0,01), onde os grupos tratados com inibidor da proteina G (Inibidor de Proteína G e Inibidor de Proteína G+CI+ E2 ) apresentaram DIF 12 (concentração de PGF2α com 12 horas após o tratamento subtraída da concentração de PGF2α com 0 hora) maior (P<0,01) que os grupos não tratados com o inibidor da proteína G (controle e CI+ E2 ). No experimento 1B, houve efeito de repetição (<0,001) e não houve efeito do inibidor (P=0,2709). No experimento 1C, verificou-se efeito de repetição (P<0,001) e inibidor (P<0,05). As células tratadas com o inibidor de PLA2 (grupo inibidor de PLA2 e Inibidor de PLA2 + CI + E2) apresentaram uma DIF 12 menor (P<0,05) que os grupos não tratados com o inibidor de PLA2 (controle e CI + + E2). No experimento 2, não houve efeito significativo do estradiol no aumento da proteína PKC (P=0,08), PLA2 (P=0,56) e ERK1/2 (P=0,26). Concluiu-se que, no presente estudo, o E2 não estimulou a síntese das proteínas PKC e cPLA2.