Contistas a Maupassant: a recepção criativa de Guy de Maupassant no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Neves, Angela das
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-15032013-105952/
Resumo: Diversos estudiosos apontaram a proximidade das realizações de contistas brasileiros com a obra de Guy de Maupassant (1850-1893). Nesta tese, propomos um estudo paralelo da contística de Maupassant com a obra de oito escritores, que produziram a maior parte de seus textos entre 1880 e 1940: Lúcio de Mendonça, Medeiros e Albuquerque, Simões Lopes Neto, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Viriato Correia, Gastão Cruls e Ribeiro Couto. Nosso objetivo é avaliar como ocorreu a recepção criativa do escritor francês nesse período, no Brasil, por meio da observação dos que o leram e o citam em suas obras. Na primeira parte, fazemos um estudo do conjunto da obra de Guy de Maupassant, de cada gênero a que o escritor se dedicou, o que nos fornece uma visão aprofundada e de conjunto de sua poética. A partir de uma tipologia de suas narrativas curtas, em que se valoriza sua riqueza e variedade de formas e temas, sugerimos uma abordagem comparativa com os escritores brasileiros, que nos ocupa na segunda parte deste trabalho. Nos capítulos dedicados a cada escritor brasileiro em questão, fazemos uma apresentação de nomes e obras, na maioria das vezes pouco conhecidos do público em geral, pois pouco referidos em manuais de literatura brasileira ou em estudos sobre o conto no Brasil. Com exceção de Simões Lopes Neto, Monteiro Lobato e Lima Barreto, os demais contistas possuem ainda raros estudos a respeito de suas obras, constatação que aqui pretendemos ajudar a corrigir. A seleção dos textos brasileiros estudados reflete o duplo movimento da argumentação da tese comparativa com o conto maupassantiano e o da valorização de narrativas exemplares de contistas brasileiros, hoje injustamente esquecidos. Se esse grupo de escritores obteve, por meio da leitura de Maupassant, uma motivação para a criação de seus contos, por outro lado, colaboraram individualmente para a escrita de obras-primas bastante originais no gênero, no Brasil de seu tempo. O momento aqui recortado revela diversos nomes importantes que, juntos ao de Machado de Assis, contribuíram para a firmação do conto brasileiro.