Educação Patrimonial: processo participativo de identificação de referências culturais dos universitários do campus USP São Carlos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faraco, André Frota Contreras
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-19082022-113813/
Resumo: A presente pesquisa aborda questões relacionadas às ações que aproximam patrimônio cultural e educação, recorrentemente denominadas como Educação Patrimonial. Para isso, o objetivo central consiste em aprofundar a base conceitual da Educação Patrimonial como processos educativos, como um campo de estudos transversal à educação e ao patrimônio cultural, a fim de consolidar referenciais teóricos, estratégias de ação e ferramentas possíveis para o desenvolvimento desses processos, a partir de uma experiência de Educação Patrimonial com um grupo de alunos regulares do Campus São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). Tem-se como hipótese de investigação que a Educação Patrimonial, como processo educativo participativo, é imprescindível para identificar as referências culturais que são os sentidos atribuídos ao Patrimônio Cultural dos universitários em São Carlos, SP, e se constitui como um instrumento fundamental no esforço coletivo de construção de uma sociedade participativa que se reconheça e se afirme a partir das suas próprias referências culturais. O desenvolvimento da pesquisa considera uma sociedade já impactada pelas tecnologias de informação e comunicação, em que a cultura digital é uma realidade. Por meio de estratégias combinadas, a pesquisa em geral recorreu ao método qualitativo, por buscar a explicação de um fenômeno social em um contexto complexo e contemporâneo, que é a Educação Patrimonial, que foi investigada de uma maneira holística como uma intersecção dos conjuntos das áreas da Educação e do Patrimônio Cultural, somando aqui a contribuição do método histórico para estabelecer o percurso do campo da Educação Patrimonial desde a década de 1970. Recorreu-se, ainda, ao método da pesquisa-ação, propondo-se uma investigação exploratória a partir do desenvolvimento de um processo educativo de Educação Patrimonial em São Carlos, SP, de forma remota, virtual e com atividades síncronas e assíncronas, que tenha, como produto final, a elaboração de um inventário participativo audiovisual. Estruturalmente, o projeto se estabelece em três momentos. O primeiro momento, com a revisão conceitual de Educação Patrimonial como processo educativo, estabelecido a partir da revisão e análise bibliográficas. O segundo, com a investigação exploratória. E no terceiro momento, foram construídas análises qualitativas, a partir da análise e interpretação dos resultados da experiência do processo educativo em São Carlos e do produto final desta experiência o Inventário Participativo audiovisual. Espera-se, assim, que a pesquisa contribua ao campo da Educação Patrimonial, consolidando-o como um campo em que os processos educativos visam à construção coletiva do conhecimento, considerando que os educandos possuem as suas referências culturais que são constituídas pela maneira que são e estão no mundo mundo este cuja realidade é a da informação e da comunicação pelos recursos digitais. Desse modo, em meio a difusão de ações conscientizadoras e instrutivistas, que desconsideram os contextos socioculturais dos educandos, este trabalho propõe a superação de uma visão hegemônica dos bens culturais, e o estudo de uma ação que autonomize os educandos para que se reconheçam e se afirmem pelas suas referências culturais, colaborando na construção de uma sociedade mais participativa e no fortalecimento e reconhecimento da pluralidade de memórias dos grupos sociais que compõem a sociedade brasileira.