Referências culturais da escola, na escola: contribuições do Projeto Interação para a educação patrimonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Demarchi, João Lorandi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13082020-132634/
Resumo: Os anos 2000 assistiram a uma revisão do lugar da educação patrimonial dentro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. As diretrizes estabelecidas para esse campo, a partir de então, foram no sentido de se afastar da metodologia apresentada pelo Guia Básico de Educação Patrimonial, em 1999, outrora estimulada pelo próprio instituto, aproximando-se da noção de referências culturais como conotação para o patrimônio. Com o alargamento da noção de patrimônio devido a diversos fatores, tais como a Constituição de 1988 e a criação da tipologia do patrimônio imaterial, aquilo que era entendido como educação patrimonial foi ressignificado. Nesse movimento, o Projeto interação entre a educação básica e os diferentes contextos culturais existentes no país (1982-1986) foi revisitado e apropriado como uma experiência potente para inspirar as práticas educativas com patrimônio cultural hoje em dia. Esta pesquisa, tem como objetivo estudar em perspectiva o campo da EP, compreendendo suas transformações conceituais e práticas. Para elucidar esse esforço de compreensão do campo interdisciplinar da EP, os conceitos desenvolvidos por Marilena Chaui e Paulo Freire, intelectuais atentos às questões da sociedade brasileira, são essenciais. Para compreender quais foram os embasamentos do Projeto Interação e como ele funcionou, fez-se levantamento documental no Arquivo do IPHAN em Brasília e entrevistas. Ao fim, a análise desenvolvida permitiu refletir sobre princípios de Paulo Freire que contribuem para as práticas e a política de uma EP transformadora, a partir do patrimônio-gerador.