Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Baccin, Luisa Carolina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-13032020-174859/
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Resumo: |
A buva (Conyza spp.) é uma das principais plantas daninhas nos sistemas de produção de grãos atualmente. A grande similaridade entre as espécies, a possibilidade de hibridação e a dificuldade de controle devido a seleção de biótipos resistentes tem tornado o manejo desta planta daninha um desafio nas culturas de soja, milho trigo além de outros cereais e várias outras culturas. Há relato de resistência de biótipos ao glyphosate desde 2004 no Brasil e desde então sua área de distribuição tem aumentado. Posteriormente foram relatados casos de resistência múltipla a mais de um mecanismo de ação de herbicidas, sendo recentemente identificados biótipos resistentes ao glyphosate, chlorimuron e ao paraquat, apresentando também resposta de rápida necrose após aplicação de 2,4-D. Objetivou-se avaliar em biótipos de Conyza bonariensis e Conyza sumatrensis características da superfície foliar em biótipos suscetível (S) e resistente (R) ao glyphosate, previamente selecionados após ensaio de curva dose-resposta, visando quantificar estômatos e tricomas e classificar as plantas quanto sua adaptação fisiológica e possível barreira a penetração de herbicidas nas folhas em biótipos resistentes. Em Conyza sumatrensis também objetivou-se identificar por meio de microscopia eletrônica de transmissão a resposta à nível celular de biótipos S e R ao paraquat 0 e 8 horas após aplicação (HAA) e biótipos que apresentam comportamento de rápida necrose ao herbicida 2,4-D 0, 1 e 6 HAA. Análises bioquímicas também foram realizadas visando quantificar a formação de indicadores de estresse oxidativo através da quantificação de malonaldeído (MDA) e peróxido de hidrogênio (H2O2) na resposta dos biótipos suscetível e com rápida necrose. Os dados foram submetidos à análise de variância e empregou-se análise de regressão para os tempos de coleta (horas após aplicação do herbicida). Observou-se que em C. bonariensis o fator de resistência ao glyphosate foi de 31,49 e que houve alteração na densidade estomática e de tricomas entre os biótipos, podendo ser um mecanismo relacionado a redução da eficácia do herbicida na planta. Em C. sumatrensis a avaliação das imagens obtidas via microscopia de transmissão confirma que em biótipos resistentes ao paraquat o herbicida não chega ao local de ação, sendo possível observar os cloroplastos mantendo sua estrutura em biótipo resistente e colapso das membranas e extravasamento do conteúdo do estroma no biotipo suscetível após 8h da aplicação. Em relação à resposta de rápida necrose de 2,4-D as plantas apresentaram colapso das células do mesófilo 6 HAA nos biótipos que apresentam rápida necrose, enquanto o biótipo suscetível mantém sua estrutura celular. Em relação ao estresse oxidativo e às enzimas antioxidantes observa-se que o biótipo S apresenta naturalmente maior concentração de H2O2 (antes da aplicação) em relação ao biótipo R. Quanto à peroxidação lipídica o biótipo R têm maior acúmulo de MDA após aplicação, devido à rápida necrose. Estas características demonstram que o biótipo com resposta de rápida necrose é mais responsivo a aplicação do herbicida. Análises de enzimas do sistema antioxidante destas plantas podem auxiliar na elucidação deste mecanismo. |