Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Leal, Jéssica Ferreira Lourenço
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Orientador(a): |
Pinho, Camila Ferreira de |
Banca de defesa: |
Machado, Aroldo Ferreira Lopes,
Carbonari, Caio Antônio |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13286
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Resumo: |
Um dos grandes problemas da agricultura atual são as dificuldades de controle de plantas daninhas resistentes ao glifosato. No Brasil as espécies Digitaria insularis (capim-amargoso) e Conyza spp. (buva) vêm ocorrendo juntas e com grande agressividade nas propriedades com cultivo de soja RR. Por se tratar de uma monocotiledônea (D. insularis) e uma dicotiledônea (Conyza spp) o mecanismo de ação do herbicida empregados para controle devem ser especificos para cada espécie. A aplicação de graminicidas, inibidores da enzima acetil-CoA carboxilase), vem sendo opção de manejo do capim-amargoso resistente ao glifosato. Para buva, os herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS) e os mimetizadores de auxina são eficazes. Porém, pouco se sabe sobre o uso de herbicidas com esses mecanismos de ação em aplicações sequenciais ou em misturas para controle dessas espécies. Mediante ao exposto objetivou-se nesse trabalho avaliar se há interação (aditivo, sinérgico ou antagônico) entre os herbicidas inibidores de ACCase, ALS e mimetizadores de auxinas que apresentam potencial para controle de D. insularis e Conyza spp. resistentes ao glifosato. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação em vasos com solo na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ. Estes foram desenvolvidos em blocos casualizados com 4 repetições, divididos em 4 casos, sendo o caso I e II para o capim-amargoso em estádio de 3-4 perfilhos e florescimento e o caso III e IV para plantas de buva em estádio de 12-15 folhas. Os herbicidas utilizados foram: (H) haloxifope-p-metílico (62,4 g ha-1), (C) cloransulam-metílico (40 g ha-1) e (2,4-D) 2,4-D sal dimetilamina (1005 g ha-1) e o intervalo entre aplicação dos sequenciais foram 3, 6 e 12 dias (I3, I6 I12). As aplicações tiveram início quando as plantas chegaram no estádio fenológico proposto para cada espécie. Cada caso foi composto por 10 tratamentos, em replicata: para o caso I e III (testemunha; H; 2,4-D; e os sequencias H+2,4-D; H-I3-2,4D; H-I6-2,4D; H-I12-2,4D; 2,4D-I3-H; 2,4D-I6-H; 2,4D-I12-H) e o caso II e IV (testemunha; A; C e os sequencial H+C; H-I3-C; H-I6-C; H-I12-C; C-I3-H; C-I6-H; C-I12-H). Aos 7 e 35 dias (buva) e 14 e 35 dias (capim-amargoso) após a aplicação (DAA), foram realizadas análise visual de controle em ambas espécies e análise de fluorescência da clorofila a para o capim-amargoso. Aos 35 DAA procedeu a coleta das plantas e mensuração da massa seca de parte área e raiz. Os dados gerados nos experimentos foram submetidos a ANOVA (p ≤ 0,05), se significativo os dados biométricos e analise visual de controle foram submetidos ao teste Tukey e os dados de fluorescência da clorofila a ao teste Ducan ao nível de 5% de probabilidade. Foi possível observar antagonismo entre os herbicidas avaliados no controle do capim-amargoso. O controle de 100% das plantas só foi observado em estádio de 3-4 perfilhos do capim-amargoso, quando o haloxifope foi aplicado antes do cloransulam ou 2,4-D num intervalo mínimo de 6 dias, onde foi observado interação aditiva entre os herbicidas. Em estádio de florescimento do capim-amargoso os maiores danos as plantas também foram observadas com o sequencial haloxifope /cloransulam ou 2,4-D. Para as plantas de buva houve interação aditiva em todos os tratamentos, onde foi observado 100% de controle das plantas. Portanto, em áreas infestadas com buva e capim-amargoso a recomendação é aplicar o graminicida (haloxifope) seis dias antes do latifolicida (cloransulam ou 2,4-D) para um controle efetivo das duas espécies. |