Alterações anatômicas e na absorção e translocação de herbicidas como mecanismo de resistência em Conyza sumatrensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Amanda dos Santos lattes
Orientador(a): Pinho, Camila Ferreira de lattes
Banca de defesa: Pinho, Camila Ferreira de lattes, Machado, Aroldo Ferreira Lopes lattes, Nunes, Anderson Luis lattes, Markus, Catarine lattes, Tozin, Luiz Ricardo dos Santos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19251
Resumo: A elucidação dos mecanismos de resistência de Conyza sumatrensis a herbicidas é de extrema importância para o manejo eficiente desta espécie no campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a anatomia diferencial alterações anatômicas, absorção e translocação reduzida, além da metabolização de herbicidas no biótipo de Conyza sumatrensis resistente a cinco mecanismos de ação e propor um manejo eficiente para controle deste biótipo. Em todos os capítulos foram avaliados um biótipo resistente e um biótipo suscetível para fins de comparação. CAPÍTULO I: Foram avaliados quanto a diferenciação anatômica biótipos de Conyza sumatrensis, após a aplicação do herbicida 2,4-D (1005g e.a ha-1). Foram realizadas duas técnicas: 1Microscopia de luz: as folhas foram coletadas e analisadas 15 e 30 minutos após aplicação (MAA). 3Microscopia eletrônica de varredura: as folhas dos biótipos suscetíveis e resistentes foram coletadas 30 MAA e 3 horas após aplicação (HAA). CAPÍTULO II:Foram avaliados quanto a absorção e translocação em biótipos de Conyza sumatrensis, após a aplicação dos herbicidas 2,4-D (1005 g e. a ha-1). Foram realizados três experimentos: 1Foram avaliados quanto absorção e translocação o 14C-2,4-D aos 3, 12, 24, 48 e 96 HAA. 2Foi avaliado a metabolização dos biótipos suscetíveis e resistente as 3, 12, 24, 48 e 96 HAA. 3Foi avaliado o efeito do pré-tratamento com malation no controle do biótipo resistente, foram avaliados os sintomas aos 7, 14 e 35 DAA. CAPÍTULO III: Foram realizados dois experimentos. 1O experimento foi conduzido em casa de vegetação. Os herbicidas glifosato (720g ia ha-1); 2,4-D (1005g ia ha-1); triclopir (720g ia ha-1); halauxifen-metil+diclosulam (5,17+25,5g ia ha-1) e dicamba (480g ia ha-1); foram aplicados isolados, e os auxínicos em mistura com o glifosato (720g ia ha-1); ainda, as misturas com glifosato foram avaliadas com adição de saflufenacil (35g ia ha-1) ou sequencial de glufosinato de amônio (400g ia ha-1) aplicado 10 dias após a primeira aplicação (DAPA). As 4 e 48 horas, 10, 15 e 35 DAPA realizou-se análise de controle visual e aos 35 DAPA a MSPA. 2O experimento foi conduzido a campo. Os herbicidas 2,4-D (1005g ia ha-1); triclopir (720 g ia ha-1); halauxifen-metil+diclosulam (6,5+31,8g ia ha-1) e dicamba (384g ia ha-1) em associação com o glifosato (1200g ea ha-1); as mesmas associações com adição de saflufenacil (35g ia ha-1) ou sequencial de glufosinato de amônio (400g ia ha-1) aos 8 DAPA. Aos 14 e 50 DAPA foram realizadas análises visuais de controle.CAPÍTULO IV: Foram avaliados quanto a absorção e translocação em biótipos de Conyza sumatrensis, após a aplicação do herbicida glifosato (720 g e. a ha-1) e saflufenacil (70g i.a ha-1). Foram realizados dois experimentos. Foram avaliados quanto absorção e translocação o 2 14C-glifosato 24, 48, 72, 96 e 120 HAA e o 3 14C-saflufenacil aos 6, 12, 24, 48 e 72HAA. CAPÍTULO I: Houve diferença entre os biótipos após a aplicação, foi possível observar diferenças anatômicas na espessura de epiderme superior, mesofilo e espaços intercelures entre os biótipos após aplicação do herbicida 2,4-D. CAPÍTULO II: a translocação reduzida do herbicida 2,4-D é um dos mecanismos de resistência do biótipo resistente de Conyza sumatrensis ao herbicida 2,4-D, não foi observado metabolização do herbicida 2,4-D.CAPÍTULO III: Não foi observado resistência cruzada. A aplicação de glifosato+auxinas em mistura com o herbicida saflufenacil ou sequencial com o herbicida glufosinato de amônio se mostraram excelentes estratégias de controle do biótipo resistente de Conyza sumatrensis. CAPÍTULO IV: Não houve diferença entre os biótipos na absorção e translocação do herbicida glifosato e saflufenacil. A elucidação dos mecanismos envolvidos na resistência de Conyza sumatrensis com rápida necrose, podem ser relacionados com as alterações anatômicas e redução da translocação para o herbicida 2,4-D.