Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Poltronieri, Fernando |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-07102021-152109/
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Resumo: |
Dentre as principais plantas daninhas problemáticas nos sistemas de produção agrícola no Brasil e no mundo, encontram-se as espécies de buva (Conyza spp.), em decorrência de diversos relatos de biótipos com resistência a vários herbicidas de diferentes mecanismos de ação, além de tolerarem condições climáticas adversas e se adaptarem a sistemas de cultivo mínimo. Nas Regiões Centro-Sul e Sul do país, plantas de buva conseguem se desenvolver no período de entressafra (Julho a Outubro) e, no momento de dessecação de pré-semeadura da cultura subsequente, se tornam um problema para o agricultor, devido à eficácia de alguns herbicidas ser dependente da densidade e do estádio de desenvolvimento das plantas. Uma das ferramentas para manejar plantas de buva no período de entressafra é a utilização de herbicidas com atividade residual no solo no manejo outonal, contudo, algumas moléculas não são seletivas para a cultura do milho e da soja. Assim, objetivou-se avaliar o efeito de herbicidas residuais aplicados no manejo outonal de buva sobre a cultura da soja e do milho em solos com texturas contrastantes. Foram conduzidos quatro ensaios, dois em solo com textura argilosa e dois em solo com textura franco-arenosa, com o delineamento em blocos casualizados e quatro repetições. Para a cultura da soja, os tratamentos constituíram-se da aplicação do herbicida amicarbazone (420 g ha-1), isoxaflutole (50 g ha-1), metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1) e uma testemunha (sem aplicação de herbicida) e, para a cultura do milho, os tratamentos constituíram-se da aplicação do herbicida metsulfurom-methyl (3,6 g ha-1), metribuzin (480 g ha-1), diclosulam (33 g ha-1), chlorimuron-ethyl (20 g ha-1), imazethapyr (100 g ha-1), flumioxazin (125 g ha-1), e uma testemunha (sem aplicação de herbicida). A semeadura do cultivar de soja Monsoy 5917 IPRO e do hibrido de milho cv. Syngenta Feroz Viptera® 3 ocorreu aos 90 dias após a aplicação dos herbicidas residuais. Os herbicidas causaram sintomas leves de intoxicação na cultura da soja e do milho nos estádios fenológicos iniciais, com total recuperação das plantas ao longo do desenvolvimento vegetativo, sem efeito sobre o rendimento de grãos e demais variáveis. Para ambas as culturas, não houve interação entre a textura do solo e o efeito de resíduos dos herbicidas testados, embora a cultura do milho tenha apresentado menor estande e maior intoxicação quando cultivada em solo com textura argilosa e menor altura de inserção da espiga, número de espiga por planta, grãos por fileira e maior massa de 100 grãos quando cultivada em solo com textura franco-arenosa, independentemente do herbicida utilizado. Conclui-se que uma precipitação acumulada de 300 mm e um intervalo de 90 dias da aplicação de amicarbazone, isoxaflutole, metsulfurom-methyl e metribuzin sobre a cultura da soja e do metsulfurom-methyl, metribuzin, diclosulam, chlorimuron-ethyl, imazethapyr, flumioxazin sobre a cultura do milho causa apenas sintomas leves de intoxicação, sem interferir no rendimento de grãos. |