A tensão entre modernidade e pós-modernidade na crítica à exclusão no feminismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Chambouleyron, Ingrid Cyfer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-03022010-122141/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o projeto de Nancy Fraser de pacificar a chamada guerra de paradigmas na teoria feminista, ou seja, o confronto entre teorias feministas pós-modernas e modernas. Essa análise é feita a partir do debate entre Judith Butler, Seyla Benhabib e Nancy Fraser acerca dos problemas teóricos que emergem das exclusões no movimento feminista, ou seja, da dificuldade de o movimento representar as várias formas de viver a condição feminina, levando em conta as intersecções entre a identidade de gênero, racial, de classe, etc. A intenção de Nancy Fraser é combinar a concepção de sujeito moderno e pósmoderno a fim de somar a desconstrução do sujeito, ou seja, a desnaturalização da identidade feminina com as concepções de igualdade e autonomia que estão presentes no argumento de Benhabib. Essa discussão remete a três tensões conceituais: autonomia e contextualização do sujeito; identidade e reconhecimento da diferença e igualdade e pluralidade. Por fim, concluo que a conciliação entre modernidade e pós-modernidade é problemática porque a concepção de sujeito pós-moderno apresenta desafios teóricos profundos a uma autonomia suficientemente forte para justificar a crítica social. No entanto, isso não significa necessariamente ter de escolher entre poder e autonomia, entre sujeito abstrato e determinado pelo meio. Na concepção de self narrativo de Benhabib, que ela concebe sob a influência do modernismo relutante de Hannah Arendt, encontra-se um modelo de conciliação de poder e autonomia mais promissor para vencer a exclusão no feminismo sem abandonar a identidade coletiva no movimento feminsita.