Paridade de participação e emancipação em Nancy Fraser: reconhecimento e justiça a partir do feminismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Barbara Cristina Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-10122020-223714/
Resumo: Esta pesquisa pretende analisar, a partir da teoria crítica de Nancy Fraser, as dimensões da paridade de participação enquanto uma categoria de caráter normativo que permite investigar se a teoria tem a possibilidade de dar conta da emancipação e diagnosticar as formas de dominação que os novos movimentos sociais sofrem nas democracias contemporâneas. Nesse sentido, Fraser faz uma forte crítica à teoria do reconhecimento que tende a ser a categoria central de diagnóstico dos problemas sociais contemporâneos. Os questionamentos principais referem-se ao fato de a gramática do reconhecimento ter se tornando a forma normativa hegemônica da luta política atual e aos efeitos que essa gramática funda na dinâmica dos conflitos sociais, considerando-se que tal teoria pode deslocar grande parte das demandas dos movimentos sociais e da teoria crítica referentes às questões materiais, além de ser um modelo que se distancia da politização das lutas sociais, que são diversas e complexas. É diante desse contexto que se busca analisar o estudo aprofundado de Fraser que, ao trazer uma atitude crítica de caráter emancipatório, a partir da paridade de participação, lida com as problemáticas e as limitações nas quais a teoria do reconhecimento, enquanto projeto central, pode acarretar no que se refere a uma emancipação possível.