Redistribuição e reconhecimento em Nancy Fraser: um desafio democrático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vaz, Margareth Rodrigues Coelho lattes
Orientador(a): Pereira, Leonardo Jorge da Hora lattes
Banca de defesa: Teixeira, Renato Francisquini lattes, Mendes, Denise Cristina Vitale Ramos lattes, Pereira, Leonardo Jorge da Hora lattes, Dantas, Laiz Fraga lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38578
Resumo: Este trabalho tem por propósito examinar o dualismo perspectivista de Nancy Fraser e sua adesão à política de redistribuição (dimensão econômica) articulada à política de reconhecimento (dimensão cultural). Com este marco teórico a pensadora defende a concepção bidimensional de justiça, que pode ser avaliada como um desafio democrático na teoria crítica contemporânea em adequar as explicações da sociedade capitalista às demandas dos movimentos sociais contemporâneos, rompendo com as abordagens monolíticas das teorias sociais anteriores, focadas na redistribuição ou no reconhecimento. A proposição de Fraser de reconstrução dos processos de correção de injustiça perpassa pela análise do problema da falsa antítese entre redistribuição e reconhecimento, do reconhecimento como status, a norma de paridade participativa e a estratégia de reforma não reformista. Deste modo, o dualismo perspectivista de Fraser parte, por um lado, do paradigma habermasiano da teoria da ação comunicativa e, por outro, da teoria do reconhecimento de Honneth. Fraser se compromete a refletir sobre a dinâmica normativa das relações sociais, políticas, materiais, objetivas e intersubjetivas, conectando teoria crítica com as lutas sociais do seu tempo, utilizando como referência empírica a luta feminista e a teoria crítica feminista. Adiciona-se ao trabalho, as controvérsias de Axel Honneth e Iris Young ao dualismo perspectivista de Fraser e a crítica de Rainer Forst à norma de paridade participativa. E, por fim, refletimos acerca do desdobramento do debate redistribuição e reconhecimento e do enquadramento normativo bidimensional de Fraser, considerando a sua mais recente visão expandida do capitalismo.